A crise econômica brasileira, cujas consequências já são sentidas pelo agronegócio mato-grossense, foi 'tema' de encontro entre o presidente da do Sistema Famato/Senar-MT, Rui Prado, e o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso. Na opinião do ex-presidente do país a atual situação deverá persistir até o próximo ano e ainda não há como definir o que precisa ser feito para reverter à questão.

O encontro ocorreu no Instituto FHC, em São Paulo (SP), na tarde desta terça-feira (17). Na ocasião Rui Prado demonstrou a preocupação do setor do agronegócio em Mato Grosso com o momento vivido pelo país, que já é sentido no Estado. A paralisação dos caminhoneiros, como o Agro Olhar já comentou, é um dos efeitos da situação econômica nacional que está afetando o setor produtivo, bem como a alta do dólar (para aquisição de insumos) e o óleo diesel.

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O presidente do Sistema Famato/Senar revelou, ainda, insatisfação quanto às medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff. "O momento político do país é muito ruim e isso está refletindo na economia, afetando todos os setores, principalmente com o aumento do dólar. Precisamos buscar nessas pessoas, que são referências políticas do país, respostas para que os rumos da conjuntura nacional sejam outros, diferentes do que estamos vivendo. A situação só muda na crise. Estão começando a vir os efeitos: aumento da inflação, taxa de juros, desemprego. E devem, provavelmente, crescer. Os números demonstram uma situação preocupante para a economia do país, mas essa somatória de crise tem que levar a algum lugar e é o governo que tem os instrumentos para mudar isso", declarou Rui Prado durante a visita a Fernando Henrique Cardoso.

Fernando Henrique Cardoso é membro do principal partido de oposição do governo Dilma Rousseff, o PSDB. Em sua opinião a crise econômica pela qual o Brasil passa, bem como política deverá perdurar até 2016.

“Dizem aí que a oposição tem que buscar o diálogo. Não tem que buscar, quem tem que abrir diálogo é o governo. Acho que ainda vamos levar este ano inteiro nessa situação e ainda não dá para definir o que deve ser feito”, frisou o ex-presidente do Brasil.