As tentativas de reverter o embargo à carne bovina de Mato Grosso e do Brasil após o caso atípico de mal da vaca louca seguem. Nesta segunda-feira (26) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, abordou a restrição durante reunião com o ministro da Agricultura do Irã, Mahmoud Hojjati.

O debate do assunto ocorreu na 82ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que acontece em Paris, na França.

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O Irã faz parte da uma lista de cinco países que restringiram a carne bovina após o caso. Além do país, o Egito, Peru, a Argélia e a Arábia Saudita embargaram a carne.

“Pedi ao ministro Hojjati que seja suspenso esse embargo, uma vez que o motivo alegado para essa suspensão não configura em risco à saúde pública. Estou confiante que, após esse encontro e os avanços nas reuniões técnicas entre os dois países, a situação será normalizada o quanto antes”, declarou Geller em nota publicada no site do Mapa.

Conforme o Mapa, o ministro do Irã afirmou empenhar esforços para que em curto prazo a situação seja resolvida.

No dia 21 de maio autoridades sanitárias dos dois países se reuniram no Irã, aonde o governo brasileiro prestou esclarecimentos sobre o caso atípico da doença.

Durante a reunião na França foi solicitada ainda a liberação da carne presa no porto iraniano.

Em contrapartida aos pedidos do governo brasileiro, o governo iraniano solicitou à Geller "cooperação quanto à transferência de tecnologia na área de produção de vacinas para animais, situação em que foi lembrado do acordo já existente com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)", segundo a nota.

Ainda foi discutida uma aproximação entre a Embrapa e o Irã para pesquisas agropecuárias.