O pecuarista mato-grossense deve ficar alerta com a alta nos insumos para alimentar gado confinado, principalmente devido ao aumento no preço do milho, e também planejar a venda futura do gado terminado, segundo análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Segundo o boletim da bovinocultura elaborado pelo Imea e válido para esta semana, o mercado da pecuária de corte está dispondo, no mínimo, duas oportunidades para quem trabalha com ele, em especial àqueles que já iniciaram seu planejamento para a temporada de confinamentos.

“O preço do milho já apresenta uma evolução de 49,67% nas suas cotações de outubro para fevereiro, na média do Estado. Além disso, os estoques mato-grossenses estão pequenos e a expectativa é que os preços do insumo continuem aumentando, podendo reduzir ainda mais o poder de compra do bovinocultor de corte e encarecendo a dieta de bovinos terminados no cocho”, alerta o instituto.

Preço médio da arroba do boi gordo no Estado ultrapassa R$ 100
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O Imea ainda explica que pelo lado da venda do produto final, existe um ágio de 5,22% no valor da arroba futura do boi gordo para outubro de 2014, porém, sabe-se que historicamente são comuns ágios inferiores ao que está disponível ao bovinocultor de corte.

“Portanto, o momento é oportuno para se pensar, planejar e travar não somente a venda da boiada na entressafra, mas, também, de se travar uma parte dos custos de produção da atividade de confinamento”, pontua o boletim da bovinocultura.

Conforme o Imea, o mercado acredita que o preço médio nominal de R$ 117,78 por arroba de fevereiro vai chegar a R$ 123,94/@ em outubro deste ano, alta de 5,22%. Outra informação importante é o fato de que mais vezes na história o ágio foi menor que a média, existindo em quatro oportunidades deságios de fevereiro para outubro.

“Em termos práticos, para aqueles que já estão se planejando para a temporada de confinamento de 2014 pode ser o momento de travar seus custos, de aproveitar o ágio”, opina o instituto.