O Irã suspendeu as restrições impostas em maio para a carne bovina mato-grossense em decorrência a um caso atípico do "mal da vaca louca". O fim do embargo se deu neste domingo (24) em uma reunião entre os ministros da Agricultura do Brasil, Neri Geller, e do Irã, Mahmoud Hojjati.

Como o Agro Olhar já havia adiantado o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, e uma comitiva de representantes do setor produtivo seguiram para o Irã e para o Egito com o intuito de por fim aos embargos. Mato Grosso foi o único Estado a sofrer restrição em maio do Irã, os demais Estados brasileiros seguiram exportando carne normalmente.

Conforme o ministro Neri Geller, Mato Grosso possui capacidade para atender a demanda externa. “O trabalho rápido do serviço veterinário oficial do Brasil, demonstrou que o animal identificado foi caso isolado e não representou risco algum para a sanidade animal e à saúde pública”, pontua Geller.

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Durante a reunião uma proposta de certificados sanitários internacionais foram entregues pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento as autoridades do Iranian Veterinerian Office (Escritório veterinário Iraniano). A intenção brasileira é abrir mercado com o Irã para bovinos vivos, ovos férteis e material genético bovino.

De acordo com nota do Ministério, ficou acertada a criação de um grupo de trabalho para discutir a cooperação na área agrícola entre os dois países.

Segundo dados da balança comercial do agronegócio, o Irã registrou um recuo de 2,07 mil toneladas para apenas 75,08 toneladas, decréscimo de US$ 8,7 milhões para US$ 316,8 mil negociados em carne bovina.

No dia 28 (quinta-feira) está marcado o encontro com o Ministro da Agricultura do Egito, Adel El-Beltagy, às 11h (horário local), no Cairo, capital do país.