A quarta Vara da Justiça Federal de Campo Grande determinou a suspensão do chamado “Leilão da Resistência”, organizado pelas entidades representativas dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul para angariar fundos contra as invasões por manifestantes indígenas.

Previsto para ocorrer neste sábado (7.12), em Campo Grande, o leilão estava sendo organizando pela Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul), Associação dos Criadores do estado (Acrissul) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

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O leilão foi suspenso em razão de uma ação impetrada pelas comunidades indígenas. Na decisão que suspendeu o certame, a juíza determinou que não seja organizado qualquer leilão similar e estipulou uma multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento.

Segundo a Famasul, sem a possibilidade de realizar o leilão, os produtores rurais promoverão o “Movimento da Resistência”. De acordo com a entidade, o evento tem a presença confirmada de mais de dois mil produtores rurais e de algumas das principais lideranças do agronegócio brasileiro.

Também devem desembarcar na capital sul mato-grossense a presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu e do senador Ronaldo Caiado, além de parlamentares da bancada federal, deputados estaduais e lideranças do segmento em outros estados.

De acordo com a Acrissul, para o leilão que foi suspenso, já haviam sido arrecadados em doações mais de 800 bovinos, além de animais de pequeno porte e grãos. Os promotores do leilão estimavam uma arrecadação de R$ 3 milhões que serão destinados a ações em defesa e proteção dos produtores de áreas invadidas.