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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Logística

Logística do PA economizaria R$ 9 bi de produtor Brasileiro, diz especialista

A localização privilegiada e hidrografia podem fazer do Pará um dos polos de exportação do Brasil - é o que acredita Wilen Mantelli, diretor-presidente da Associação Brasileira dos Terminais, que está em Belém para o lançamento do II Anuário dos Operadores Portuários do Estado do Pará.

"O Pará está próximo aos grandes mercados consumidores e ao canal do Panamá", pontua Mantelli, que considera o potencial do estado desperdiçada pela falta de investimentos "Em torno de 60 milhões de toneladas de grãso da região central vão para portos em Santos e Paranaguá. O passeio dá mais de 2 mil quilômetros. Se esta tonelagem viesse para cá, daria por ano uma economia em torno de R$ 9 bilhões para melhorar a situação do produtor brasileiro", destaca.

O diagnóstico do especialista é o mesmo do Sindicato dos Operadores Portuários do Pará (SINDOPAR), que organiza o anuário. "As commodities são plantadas no mundo inteiro, então mais importante que o preço é a logística. E os portos do Pará são a solução para a logística do Brasil", enfatiza Alexandre Carvalho, presidente do sindicato.

Relatório
Segundo o anuário do SINDOPAR, os principais problemas logísticos do Pará são as condições da rodovia BR-163, que liga Cuiabá e Santarém, e a falta de navegabilidade no rio Tocantins por conta da presença do chamado "Pedral do Lourenço", uma área repleta de rochas que impossibilita a implantação da hidrovia Araguaia-Tocantins.

De acordo com Alexandre Carvalho, a mobilização para a conclusão de estradas e hidrovias é pequena pois as exportações não aumentam a arrecadação do estado já que, graças a Lei Kandir, os tributos são desonerados. Mesmo assim, o Pará lucraria caso os seus portos se tornassem referências nacion ais.

"O que vai aumentar é o emprego. O estado pode se beneficiar, mas como não aumenta a arrecadaçãoo, não há cobrança com tanta veemência", pondera.

Alternativa

Segundo Wilen Mantelli, o empresariado paraense deve procurar soluções que não dependem exclusivamente de investimentos federais. "Os investimentos seriam um enorme 'desgargalo' da logística. Se o governo não tem recursos, que se use as PPPs. Tá cheio de empresário querendo investir nos rios, e isto é o futuro do estado do Pará", avalia. "O melhor fator para aumentar a competitividade, e o Pará tem todas as condições, é melhorar a logística".

"O que está faltando é a sociedade participar, exercer a sua cidadania. A gente fica só assistindo acertos e desacertos do governo. Tem que haver participação do setor empresarial, que tem poder de barganha", critica.

Natureza

O modelo hidroviário, além de viável no Pará, seria, segundo Mantelli, ambientalmente e economicamente responsável. "Há uma diferença de até 50% no cursto do transporte hidroviário. Quantos caminhões uma barcaça economiza? Se tivermos uso destgas riquezas, todo o país vai ter uma alternativa mais eficiente, mais competitiva e que menos agride o meio ambiente. Somente explorando adequadamente as hidrovias é que vamos poder preservá-las", conclui.

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