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Domingo, 28 de abril de 2024

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BOLHA DA SOJA?

Lucro menor na China leva a calotes na compra de soja de Mato Grosso

Os calotes ventilados pelas fontes, na ordem de até 500 mil toneladas, ainda não são confirmados pelas traders que operam no Brasil. Mas os analistas ouvidos por Reuters e Valor Econômico asseguram que o calote pode chegar a 1 milhão de toneladas nas próximas semanas. A China é o principal comprador da oleaginosa produzida em Mato Grosso, para onde são embarcadas cerca de 80% da produção.

Foto: Ilustração

Calote já teria atingido dez cargas de navios Panamax

Calote já teria atingido dez cargas de navios Panamax

Indústrias de soja na China diminuindo o ritmo de esmagamento por causa de prejuízos de até US$ 100 por tonelada tem provocado um “estrangulamento” na logística de armazenagem naquele país, nas últimas semanas, lotando armazéns e terminais em portos, e inclusive mantendo navios por dias atracados à espera de desembarque de centenas de toneladas de grãos.

Conforme a Reuters e Valor Econômico, as gigantescas aquisições de soja feitas pela China no primeiro trimestre de 2014, aliado às margens negativas das esmagadoras, tem ocasionado calotes em traders que vendem a oleaginosa produzida em Mato Grosso e Paraná - os dois principais estados produtores do Brasil.

Fontes chinesas da agência de notícias relatam que as importadoras estão tentando recolocar a soja brasileira em outros mercados, inclusive algumas cargas que já estão embarcadas em navios Panamax a caminho da China. Cerca de 15 carregamentos despachados dos portos de Santos e Paranaguá no final de março foram repassados à esmagadores dos Estados Unidos.

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Essa manobra supre as indústrias estadunidenses, devido à queda na produção dos EUA, e minimiza as perdas dos chineses, que se livram de altos custos para manter navios ancorados à espera de esvaziamento de armazéns na China. Da mesma forma, compradores chineses tentam recolocar soja do Brasil em países da África, onde o prejuízo seria minimizado.

Os calotes ventilados pelas fontes, na ordem de até 500 mil toneladas, ainda não são confirmados pelas traders que operam no Brasil. Mas os analistas ouvidos por Reuters e Valor Econômico asseguram que o calote pode chegar a 1 milhão de toneladas nas próximas semanas. A China é o principal comprador da oleaginosa produzida em Mato Grosso, para onde são embarcadas cerca de 80% da produção.
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