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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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DEVIDO AO PREÇO

Mato Grosso trocará cerca de 500 mil hectares milho por soja na safrinha

Nos cálculos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área de milho na safrinha vai cair cerca de 350 mil hectares, baixando de 3.7 milhões de hectares para cerca de 3.35 mi/ha. A mensuração do Imea é feita semanalmente e, a cada levantamento, os agricultores estão informando recuo na área reservada para milho.

Foto: Ilustração

Soja deve ganhar espaço do milho na segunda safra em Mato Grosso

Soja deve ganhar espaço do milho na segunda safra em Mato Grosso

Os números ainda estão sendo levantados, mas é certo que haverá drástica diminuição de área plantada de milho na segunda safra em Mato Grosso, devido aos baixos preços praticados pelo mercado. Na região Médio-Norte, por exemplo, o valor da saca de R$ 60 quilos “empacou” na casa dos R$ 12.

Nos cálculos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área de milho na safrinha vai cair cerca de 350 mil hectares, baixando de 3.7 milhões de ha para cerca de 3.35 mi/ha. A mensuração do Imea é feita semanalmente e, a cada levantamento, os agricultores estão informando recuo na área reservada para milho.

Um dos grupos que vai trocar milho por soja na safrinha é o Vanguarda Agro – um dos principais produtores de grãos do país. O presidente da empresa, Arlindo de Azevedo Moura, disse nesta terça-feira, durante uma palestra em São Paulo, que o grupo vai trocar de cultura na segunda safra em cerca de 15 mil hectares.

Na avaliação do presidente da Vanguarda, a substituição do cereal pela oleaginosa deve chegar a 500 mil hectares em Mato Grosso. "Quando o milho está com o preço muito baixo, a segunda safra de soja é uma opção", afirmou Moura, na palestra.

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Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil terá estoques iniciais inéditos de 13,7 milhões de toneladas no próximo ano, demonstrando que a grande quantidade do produto pode comprometer reações no preço do grão na temporada 2013/14.

A produção brasileira deve ser reduzida em 4% no próximo ciclo, com 78,48 milhões de toneladas produzidas, apresentando recuo de 550 mil toneladas em relação à divulgação anterior. O consumo deve se elevar em apenas 2% e as exportações recuarão 14%, registrando 18 milhões de toneladas.

“Em virtude ainda da superoferta, a safra 2013/14 deve encerrar com estoques finais inéditos de 20,66 milhões de toneladas. Com grande estoque de passagem em 2013 e exportações reduzindo em nível mais elevado que o recuo da produção pode haver pressões baixistas sobre o preço do cereal em 2014”, analisa o Imea.
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