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Sábado, 27 de abril de 2024

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Preço da cebola sobe quase 200% em seis meses; vendas na feira caem 50%

Foto: Viviane Petroli / AgroOlhar

Preço da cebola sobe quase 200% em seis meses; vendas na feira caem 50%
O consumidor está desembolsando em julho 197,6% a mais pelo quilo da cebola em relação a fevereiro. No segundo mês de 2015 o consumidor pagava na feira R$ 2,99 pelo quilo da cebola e hoje paga R$ 8,90, podendo chegar a R$ 10,49 nos supermercados. Os feirantes revelam queda de aproximadamente 50% nas vendas neste período. Quem gastava R$ 50 para passar 15 dias com legumes, verduras e frutas passa apenas 5 dias com o mesmo valor.

A saca de 20 quilos da cebola, segundo feirantes da Feira do Porto, em Cuiabá, era comprada a R$ 35 em fevereiro e hoje está na casa dos R$ 130. Para o consumidor o quilo subiu de R$ 2,99 para R$ 8,90. Nos supermercados a cebola pode ser encontrada por até R$ 10,49 o quilo, segundo pesquisa realizada pelo Agro Olhar. Em 2015, até junho, a cebola apresentou alta de 148,13%, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tornando-se a vilã da inflação no lugar do tomate, que ocupava o posto desde 2013. Hoje, o tomate em Cuiabá varia de R$ 6,99 a R$ 8,98 o quilo, dependendo do local onde comprado.

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“Quem levava dois quilos de cebola, hoje leva cerca de cinco unidades apenas. As vendas caíram cerca de 50% desde fevereiro, devido estes aumentos. Cliente que gastava R$ 50 para passar 15 dias atualmente gasta isso para 5 dias”, comenta o feirante Philipi Xavier. Ele revela que os preços começaram a subir para alguns produtos em dezembro, como é o caso da batata, onde os feirantes pagavam R$ 70 a saca de 60 quilos e hoje R$ 120. “O tomate é oscilante o preço”.

Questionado sobre o porquê destes aumentos Philipi Xavier comenta que “não há uma explicação por parte dos distribuidores”. De acordo com ele, os distribuidores alegam aumento do preço do combustível, frete e até mesmo as condições climáticas. “Aproximadamente 60% dos produtos são de outros estados como São Paulo e Goiás. Produtos de Mato Grosso mesmo somente as hortaliças e algumas frutas, como banana e abacaxi”.

A redução do consumo e a busca de alternativas é confirmada pela aposentada Luana Cristina. “Os preços estão salgados. Aonde vamos parar? Tenho substituído em casa a carne bovina por frango, que ainda está barato. Muita coisa estou cortando ou reduzindo. Desde o ano passado só vemos as coisas subindo: luz, água, telefone, alimentos, combustível”, comenta a aposentada.

Carnes

As vendas de carne bovina também estão registrando queda. Feirantes/açougueiros na Feira do Porto revelam um recuo de em torno de 30% desde janeiro. “A retração é decorrente aos preços, porém não caiu mais visto aqui na feira os preços serem diferentes dos supermercados. Outro fator é que o consumidor gosta de ver a carne e aqui chega carne todos os dias”, comenta o feirante/açougueiro Paulo César.

A diferença de preço de entre a Feira do Porto e o supermercado varia de R$ 16 (feira) a R$ 21,95 (açougue de supermercado) o quilo. Levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que entre julho de 2014 e 2015 o patinho, por exemplo, registrou alta de 20,96%, saltando de uma média de R$ 16,88 para R$ 20,42 o quilo.
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