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Segunda-feira, 13 de maio de 2024

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projeções em alta

Produção de grãos em Mato Grosso deve subir 88% até 2025; falta de armazenagem preocupa

Foto: José Medeiros/GCom-MT

Produção de grãos em Mato Grosso deve subir 88% até 2025; falta de armazenagem preocupa
A produção de grãos em Mato Grosso até a safra 2024/2025 deverá subir 88,5%, saltando de 47 milhões de toneladas para 88,5 milhões de toneladas. Para o déficit de armazenagem seguir proporcional ao verificado hoje (2015) é necessário que o estado tenha uma elevação da capacidade de armazenagem de 31 milhões de toneladas (atuais) para 50 milhões de toneladas. Somente o milho, em decorrência a tecnologia aplicada e produtividade, deverá ter um aumento de 113,2% na produção.


As projeções são do AgroMT 2025 Outlook, elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 1º de dezembro.

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Conforme o superintendente do Imea, Otavio Celidonio, a questão da armazenagem preocupa diante as perspectivas de produção. Hoje, a capacidade de armazenagem de Mato Grosso é de 31 milhões de toneladas, um déficit de aproximadamente 19 milhões de toneladas, considerando as estimativas para o ciclo 2015/2016 de algo em torno de 50 milhões de toneladas.

“Para o déficit em 2024/2025 seguir proporcional ao que temos hoje é preciso que tenhamos daqui 10 anos uma capacidade de ao menos 50 milhões de toneladas de grãos. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) pontua que a capacidade de armazenagem deve ser 20% superior a produção e estamos longe disso”, comentou Celidonio ao Agro Olhar.

Na visão do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, “se conseguirmos prever com precisão o futuro (produção agropecuária) teremos sucesso naquilo que queremos”. Segundo o presidente da Famato, Mato Grosso possui capacidade de produzir mais com sustentabilidade e ecologicamente. “O sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF) é um ponto para isso. Podemos ampliar a nossa produção sem provocar impactos ao meio ambiente”.

Outra preocupação diante tamanho crescimento da produção de grãos e fibras é quanto à infraestrutura de logística. “O estudo do Imea nos mostra aonde podemos chegar. É a consolidação de Mato Grosso como líder produtivo de grãos e fibras, porém nos preocupa a questão da infraestrutura de logística. É preciso resolver para que não tenhamos os mesmos problemas do passado”, destaca o presidente eleito da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Endrigo Dalcin.

Soja

A soja deverá até 2025 aumentar em 74,4%, saltando de 26,5 milhões de toneladas constatados no ciclo 2013/2014 para 46,2 milhões de toneladas na safra 2024/2025. Em termos de área o incremento projetado é de 60%, de 8,6 milhões de hectares para 13,8 milhões de hectares.

O estudo revela que a região Médio-Norte deverá seguir como a principal produtora da oleaginosa em Mato Grosso, elevando de 9,3 milhões de toneladas para 13,05 milhões. De acordo com o superintendente do Imea, Otavio Celidonio, a região Médio-Norte deverá seguir na liderança, porém a Nordeste, também conhecida como Vale do Araguaia, tem-se mostrado promissora. “A região do Vale do Araguaia deverá saltar de 4,4 milhões de toneladas para 9,3 milhões”.

Milho

Com o potencial de produtividade crescente nas últimas safras, somada a tecnologia utilizada, a produção de milho deverá aumentar em 113,2%, de 18,07 milhões constatados no ciclo 2013/2014 para 38,53 milhões de toneladas no 2024/2025. Em termos de área de 3,35 milhões de hectares para 6,22 milhões de hectares.

Sozinho Médio-Norte será responsável por 17,53 milhões de toneladas, 133,3% a mais que as 7,5 milhões de toneladas da safra 2013/2014.

Algodão

A produção de fibras, ou seja, algodão em caroço possui estimativa de aumento na produção de 57,3% de 2,38 milhões de toneladas para 3,75 milhões de toneladas. Em área o crescimento pode chegar a 52,9% em 2025, de 610 mil hectares para 940 mil hectares.
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