A agricultura orgânica é uma realidade consolidada no Brasil, regulamentada desde 2011 e que tem registrado crescente procura, tanto de produtores quanto de consumidores. Segundo Ailena Sudo Salgado, engenheira agrônoma e funcionária do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na área de Certificação e Auditoria de Qualidade Orgânica, esse tipo de produção agrega, em média, 30% a mais ao valor dos produtos, em relação a não orgânicos.
Durante participação do XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia, realizado em Cuiabá na última semana, Ailena ressaltou a enorme e crescente demanda do mercado de orgânicos e disse que a maior dificuldade de expansão ainda são a falta de informações e a falta de assistência técnica.
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De acordo com definição do Mapa, a produção orgânica vegetal e animal tem por objetivo promover qualidade de vida com proteção ao meio ambiente, tendo por principal característica não utilizar agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que agridam o meio ambiente.
Para ser considerado orgânico, o processo produtivo contempla o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as relações sociais e culturais. O Brasil já ocupa posição de destaque na produção mundial de orgânicos.
Em Mato Grosso, segundo Ailena, já existem 75 produtores cadastrados no Mapa. Esta modalidade de produção é uma possibilidade interessante, sobretudo para pequenas áreas e promove a melhora na qualidade de vida de agricultores.
A certificação do ministério é feita de diferentes maneiras, a fim de atender às divergentes escalas de produção. Há desde a certificação sem selos, feita por organismos locais de controle para pequenos produtores que fazem venda direta ao consumidor, em domicílio ou em feiras, bem como certificações com selo para grandes produtores, que não têm contato direto com o consumidor final e vendem seus produtos em maior escala para outras regiões.
