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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Produtores revelam preocupação com possível paralisação dos caminhoneiros

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Produtores revelam preocupação com possível paralisação dos caminhoneiros
O setor produtivo de Mato Grosso não ‘esconde’ estar preocupado com a possibilidade de uma nova paralisação dos caminhoneiros, caso não haja entendimento entre a categoria e o governo federal nesta terça-feira (10). A preocupação dos produtores é decorrente ao abastecimento de insumos, óleo diesel e o escoamento da soja que ainda é colhida. Até o dia 05 de março o Estado havia colhido apenas 67,4% dos 8,8 milhões de hectares semeados na safra 2014/2015. Além disso, Mato Grosso ainda possui 36% da área de milho 2ª safra para ser plantada.

A paralisação dos caminhoneiros a partir do dia 9 de fevereiro em Tangará da Serra e 18 de fevereiro em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde até atingir Sorriso, Sinop, Cuiabá, Rondonópolis e Diamantino, gerou “stress” no setor produtivo, segundo o presidente do Sindicato Rural de Campo Novo dos Parecis, Alex Utida.

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O “stress” foi provocado pela falta de produtos nas propriedades, principalmente o óleo diesel, utilizado para movimentar as máquinas agrícolas. “De maneira geral em Mato Grosso houve stress devido na ocasião do setor produtivo estar colhendo e plantando. Entendemos a posição dos caminhoneiros e boa parte da pauta deles é justa, principalmente quanto ao combustível que no Mundo está abaixando de preço e no só no Brasil subindo”, comentou Utida em entrevista ao Agro Olhar.

Um levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em fevereiro, durante os manifestos dos caminhoneiros, revelou que de 580 produtores rurais 20% já não possuíam mais óleo diesel na ocasião do estudo, enquanto 80% acreditavam que o derivado do petróleo estocado duraria em média cinco dias.

“O produtor tem se preocupado em fazer estoques de insumos e diesel para se prevenir, porém isso é difícil, por estarmos ainda colhendo e plantando. Temos sim a preocupação se parar novamente. É um problema generalizado. O impacto vai do produto ao consumidor. Esperamos que exista um entendimento, porém enxergamos dificuldades devido o momento político e econômico”, pontua o presidente do Sindicato Rural de Campo Novo dos Parecis.
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