O setor produtivo em Mato Grosso revela estar preocupado com o escoamento da produção agropecuária do Estado diante a paralisação do setor do transporte, que em alguns municípios chega há quase 15 dias. Apesar disso, o setor produtivo pontua que muitos itens de pauta são justos. A única discordância é quanto ao "tabelamento dos preços do frete".
A possibilidade de se bloquear o trafego de cargas vivas, bovinos, suínos, aves e peixes, por exemplo, é preocupante, conforme o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, em entrevista ao
Agro Olhar.
Segundo Bernardes, entre as regiões interditadas na BR-163 (Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso, Sinop), na BR-364 (Campo Novo dos Parecis) e MT-358 (Tangará da Serra) existem muitos frigoríficos. “Prejudica o setor pecuário, porque é uma época em que se faz muito transporte de animais. São animais que estão em engorda no pasto. Caminhão com carga viva depois de carregado não pode ficar parado. Estamos acompanhando com apreensão, pois pode interferir no planejamento de vendas e abates”.
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Em nota a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) declarou que entende a necessidade dos empresários do setor do transporte e dos caminhoneiros em Mato Grosso, tanto que acha alguns itens da pauta de reivindicação são justos, como é o caso da redução do preço e da alíquota do ICMS do óleo diesel e da prorrogação do Finame.
"Entretanto, não concordamos com o pedido de tabelamento dos preços do frete, pois os mesmos são regulados pelo mercado", declara o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk. Conforme, o presidente da Aprosoja-MT, é preciso que se tenha o mínimo de ordem, pois todos são "elos de uma mesma cadeia, que precisa ser sustentável. Precisamos que as propriedades sejam abastecidas com óleo diesel e ter garantido o transporte da soja para os armazéns".
