Considerado o maior produtor de soja do mundo e alheio a um cargo nas entidades da classe rural em Mato Grosso, o produtor Eraí Maggi (PP) declarou seu apoio a campanha de Dilma Rousseff (PT) para mais quatro anos à frente do Brasil. Em contrapartida, em Mato Grosso estará no palanque de Pedro Taques (PDT), aonde é possível verificar uma presença forte do agronegócio mato-grossense, ao contrário do que se vê no partido da candidata à reeleição presidencial. A declaração de apoio tanto para Dilma quanto para Taques foi dada para uma entrevista ao jornal Valor. A entrevista foi publicada na segunda-feira (12).

Junto com dois irmãos e um cunhado, Eraí toca o Grupo Bom Futuro, que nesta safra 2013/2014 semeou 255 mil hectares, área esta que deverá ser ampliada para 264 mil hectares no próximo ciclo. O Grupo Bom Futuro produz soja, milho, algodão e até mesmo peixe, além de possuir uma criação de aproximadamente 100 mil cabeças de gado. O Grupo é composto por 80 fazendas.

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Filiado ao PP, Eraí Maggi nunca exerceu um mandato político, ao contrário de seu primo, o hoje senador, Blairo Maggi (PR).

Em entrevista ao jornal Valor Eraí declarou apoiar Dilma novamente ao comando do governo brasileiro pelas mudanças verificadas, em especial em Mato Grosso na BR-163, desde a gestão Lula.

Ele afirma que a infraestrutura mudou, bem como as questões fundiárias e as condições para a aquisição de máquinas. Ressalta ainda que hoje se tem 80% da BR-163 concluída e os trilhos chegaram à Rondonópolis, ligando o terceiro maior colégio eleitoral mato-grossense à Santos (SP), aonde está o maior porto brasileiro e de onde saem cerca de 50% das commodities do Estado com destino ao exterior.

Quanto ao apoio a Pedro Taques e não Lúdio Cabral (PT), de mesmo partido de Dilma Rousseff, Eraí Maggi declarou ao Valor que a questão já foi conversada com ambas as partes e "sem problema nenhum."

Diante da resistência do setor em apoiar a reeleição de Dilma, Eraí Maggi salienta que vive em Brasília (DF) discutindo assuntos ligados ao setor produtivo, como infraestrutura, logística e até mesmo liberação de moléculas para as lavouras mato-grossenses, de onde está desde a década de 1970.

Questionado sobre doações à campanha de Dilma Rousseff pela reportagem do Valor, Eraí desconversou o assunto.