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Sábado, 18 de maio de 2024

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Soja mato-grossense é debatida por mais de 1 mil CEO's durante encontro nos EUA

Foto: Reprodução/Ilustração

Soja mato-grossense é debatida por mais de 1 mil CEO's durante encontro nos EUA
A soja produzida em Mato Grosso foi tema de debate nesta semana na quarta edição da Iniciativa Global Clinton América (Clinton Global Initiative America - CGIA). Nesta edição, que reuniu mais de 1 mil CEO's, foram debatidas soluções para o crescimento da economia nas Américas, bem como o desenvolvimento social. Para sociólogo brasileiro o grão acaba sendo “empecilho” para o desenvolvimento do maior Estado produtivo do Brasil.


A soja mato-grossense foi destaque quando discutiu-se a política de exportações da principal commoditie do Estado comercializada ao exterior. A Iniciativa Global Clinton América está sendo realizada em Denver, no Estado do Colorado, nos Estados Unidos.

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Radicado em Mato Grosso o sociólogo paulista Maurício Munhoz expôs a relação entre o agronegócio, a moeda chinesa (yuan) e o dólar, durante sua participação, nesta terça-feira (24), no debate encabeçado pelo professor de Harvard Raj Chetty. Munhoz frisa que o petróleo é o principal produto que os chineses importam, cerca de 5 milhões de barris/dia.

"Nessa relação comercial com a China, os EUA têm uma certa estabilidade, com o dólar servindo como moeda nas transações, apesar da pressão de grandes países petroleiros como Irã e Venezuela. No entanto, a China equilibra sua balança comercial, fazendo frente ao dólar, com a importação de minério de ferro, soja e algodão do Brasil", declarou Munhoz em sua explanação no evento.

A tese apresentada pelo sociólogo brasileiro teve como base a dinâmica comercial de Mato Grosso que deixa de receber cerca de R$ 2 bilhões ao ano em impostos em decorrência da Lei Complementar nº 87, mais conhecida como Lei Kandir, que vigora no Brasil desde 13 de setembro de 1996.

“Acabamos vendendo matéria prima para os chineses a preços competitivos para eles, claro, que nos vendem de tudo, industrializado, causando danos terríveis à indústria nacional. Além disso, os tributos e os empregos da soja ficam todos na China. Entendo que a soja, que é a maior riqueza de Mato Grosso, também é o maior empecilho para o desenvolvimento do Estado”, salienta Munhoz.
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