A Copa do Mundo ao mesmo tempo em que traz perspectivas de negócios, traz preocupações. Muitos turistas da América Latina devem vir de carro para Mato Grosso, principalmente do Chile e Colômbia, e tal fluxo de visitantes pode dificultar ainda mais a fiscalização na divisa entre Brasil e Bolívia, principalmente. Temendo a entrada de doenças animais e vegetais o setor produtivo de Mato Grosso se reuniu na manhã desta terça-feira (03) para traçar um plano preventivo para apresentar ao governo do Estado. O maior temor é com a diarreia suína.

Estima-se que nos Estados Unidos a diarreia suína tenha dizimado cerca de 15% do rebanho suíno em um ano. Na América Latina a doença já foi confirma na Colômbia e há suspeita da doença no Peru e Chile. No Brasil, conforme a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), nenhum caso foi registrado.

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A reunião entre o setor produtivo ocorreu na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).

“Há preocupação que com a Copa muitas doenças venham para animais e vegetais. Reunimos-nos para traçar um plano preventivo para apresentar ao governo de Mato Grosso”, comenta o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues.

De acordo com o médico veterinário e presidente da Associação dos Criadores de Ovinos de Mato Grosso (Ovinomat), Jonas Stefanelo, a fronteira seca será caminho para a Copa. “Queremos que o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) oriente os turistas que estão entrando. Para isso tomamos a iniciativa de fazer um plano preventivo para apresentar ao governo. É preciso um controle rigoroso”.

No Brasil são esperados 600 mil estrangeiros. Somente para Cuiabá a expectativa é que venham 172 mil turistas entre brasileiros e estrangeiros. Destes entre chilenos e colombianos são esperados 30 mil torcedores, países onde há casos de diarreia suína.