A cesta básica em Cuiabá recuou 4,83% em fevereiro no comparativo com janeiro. Entretanto, os R$ 402,57 apontados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para uma pessoa, ainda pesa no orçamento equivalendo a 49,72% do salário mínimo (R$ 880). Apesar da “redução” o consumidor revela não ter sentido tal impacto.

Em janeiro, a cesta básica com 13 itens considerados essenciais para a alimentação de uma pessoa em Cuiabá custava R$ 423, segundo o Dieese, e R$ 390,88 em dezembro do ano passado. Conforme o levantamento, o cuiabano para pagar os R$ 402,57 de cesta básica precisaria trabalhar 100h38min.

Leia mais:
Tributo em ovo de páscoa chega a 38,53% do preço; vinho supera 54%

De acordo com o Dieese, a cesta básica de Cuiabá é a 9ª mais cara entre as 27 capitais. A mais cara pertence a São Paulo avaliada em R$ 443,40, enquanto Natal possui a mais barata com R$ 331,79.





Em Cuiabá no mês de fevereiro a "queda" foi puxada, principalmente, pelo tomate na avaliação do Dieese que retraiu 27,26%, seguido da manteiga com -4,70%, da banana com -6,35% e da batata com -2,83%.

Em contrapartida, a Capital mato-grossense registrou alta de 10,40% no gasto mensal com feijão, 8,08% com o óleo e 4% com o óleo.

Ao contrário do que o Dieese aponta, o consumidor revela não ter sentido tal recuo. “A cada vez que vou ao supermercado é um susto. Um pacote de feijão preto não baixa de R$ 5,60, enquanto o carioquinha já vi na casa dos R$ 6. Material de limpeza também está um absurdo. Sobe tudo menos o salário de fato. Hoje, com R$ 100 volto para casa com duas sacolinhas apenas com meia dúzia de coisas”, comenta a administradora Anelise Siqueira.