Em consonância com as medidas adotadas para outros investimentos no país, a BMW, que apresentou uma queda nas vendas de veículos entre 2015 e 2016, não deverá abrir novas concessionárias em Mato Grosso no próximo ano. Somente no Estado foi registrada uma queda anual de 20%, entre 2015 e 2016, redução é atribuída à crise política que vem afetando o mercado nacional. As informações são do presidente da BMW no Brasil, Elder Boavida, que esteve em Cuiabá na última semana para o lançamento do modelo elétrico i3 e do superesportivo híbrido i8.
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De acordo com ele, a meta até o final de 2016 é reduzir a marca de 20% para 10 ou 15%, números que representam diminuição mais suave que a média nacional, de 33%. A partir daí então, a expansão das franquias será retomada em 2018, após uma possível estabilização e valorização do mercado "premium", no qual a montadora alemãe atua. Mesmo diante dos números, ele destaca que os saldos positivos foram mantidos.
“Devemos ser uma das poucas marcas no Brasil este ano que consegue se manter com saldos positivos, embora ninguém possa dizer muito sobre grandes rentabilidades. Com este cenário não nos parece ainda viável expandir a rede, portanto vamos manter como está, não temos grandes planos de expansão. A boa notícia é que a BMW está em linha com esta queda. Há marcas que vão sofrer mais", explicou.
Assim, as possibilidades de alterações em empreendimentos se restringem a casos isolados, em regiões onde surjam oportunidades de otimização de cobertura. “Realmente não temos planos para uma verdadeira expansão da rede pra já. Fora aqueles casos de um parceiro ou outro que pretendem vender e tem alguém que quer comprar. Mas em termos de números, preferimos manter e esperar um pouco por melhores dias. Assim, em 2017 voltamos à estabilidade e em 2018 retoma-se outros investimentos significativos”, disse Helder.
Com relação ao mercado reduzido do Estado, que conta com pouco mais de três milhões de habitantes ele explicou que o ponto chave para as vendas é a realização de boas parcerias. “De fato o mercado é pequeno e por esse motivo não temos muitos parceiros. Aqui contamos com um só, que consegue otimizar ao máximo esse mercado, atuando de forma muito bem feita e eficiente. O grupo Canopus, é um exemplo dessas parcerias boas, sólidas”, afirmou o presidente.
Embora se apresente incipiente no momento, o cenário se apresenta para a montadora alemã como promissor em um futuro breve. Prova disso é a construção de uma fábrica nova em Santa Catarina e outra que passará a funcionar em outubro. Assim, na opinião do presidente, o Brasil tem grande potencial e esperança é que a crise não se prolongue até o próximo ano.
Ele avalia ainda que nenhum empreendimento deve chegar ao país com uma visão de curto prazo.“Como todos nós sabemos a maior parte da razão da crise é política, portanto a partir do momento em que as coisas estiverem politicamente bem, é muito mais fácil o Brasil alavancar de novo. Nós temos uma rede com cerca de 49 concessionárias. Era uma rede que estava preparada para fazer um vôo muito maior. Por isso neste momento mantermos a rede equilibrada e vamos esperar que o mercado cresça.”
