Interesses diferentes entre produtores e comprador (indústria, trading e importador) às vezes pode dificultar a negociação. Contudo, a intermediação de uma corretora de cereais pode facilitar o diálogo e buscar alternativas que contemplem ambos os lados. Em casos mais específicos, como é o caso do algodão, a presença de um “facilitador” faz a diferença.

Há cerca de 24 anos no mercado, a Lucra Corretora de Cereais já viu o subir e descer do mercado diversas vezes. Comandada por Moisés Sachetti, seu filho Lorenzo e mais o sócio Osni Fabris, a corretora realiza a intermediação entre produtores e compradores de commodities.

Leia mais:
Custo de produção do algodão beira em Mato Grosso nos R$ 10 mil/ha com dólar em alta

A Lucra, revela Moisés Sachetti, surgiu da necessidade de levar informações sobre o mercado ao produtor, principalmente. A empresa possui como foco a interlocução de negócios no mercado interno e externo (exportação), bem como leilão de cereais.

“O corretor é um ‘amortecedor’ do mercado. Ele consegue resolver aquilo que as partes tinham dificuldade para solucionar. O corretor consegue detectar os pequenos problemas que por ventura podem fazer com que haja uma diferença entre comprador e vendedor. Ele pega os interesses diferentes destes e transforma em um único”, pontua Moisés Sachetti.

Mato Grosso na safra 2015/2016 deverá colher 51,136 milhão de toneladas, das quais 27,968 milhões de toneladas são em soja, 21,186 milhões de toneladas para o milho 2ª safra e 2,283 milhões de toneladas de algodão em caroço (913,3 mil toneladas em pluma), segundo o último levantamento da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).

De acordo com Lorenzo Sachetti, cerca de 60% do algodão produzido por Mato Grosso passa por corretoras de cereais. Ele explica que questões de especificidades da cultura exigem maior conhecimento na hora da comercialização, pois é um mercado que possui um valor financeiro mais agregado.

Mercado atual

Segundo Moisés e Lorenzo, o mercado das commodities vive um momento de verdadeira interrogação. Além do petróleo, que influência dos preços, há a situação política e econômica brasileira. “Também há o fator exterior, como é o caso da China, que além de estar comprando menos, chegou ao início deste ano a fechar seu pregão em 15 minutos diante as ações apresentarem queda significativa”, pontua Lorenzo, que há cinco anos trabalha na Lucra, sendo há dois buscando a abertura de negócios para a exportação.