Olhar Agro & Negócios

Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Economia

queda nas refinarias, mas...

Custos das distribuidoras impedem que preço da gasolina caia, afirma Sindipetróleo; veja notas

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Custos das distribuidoras impedem que preço da gasolina caia, afirma Sindipetróleo; veja notas
Os custos operacionais das distribuidoras e o aumento do preço do etanol anidro são os principais fatores para o valor do litro da gasolina não ter caído para o consumidor final. A afirmação é do Sindicato de Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), diante dois anúncios feitos de redução de preço nas refinarias terem sido feitos nos últimos 50 dias e o consumidor estar pagando ainda mais caro pelo derivado do petróleo.

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aponta para Mato Grosso um preço médio de R$ 3,711 pagos pelos consumidores. A pesquisa mostra que entre os sete municípios analisados Alta Floresta tem a gasolina mais cara do Estado com o litro sendo comercializado em média a R$ 4,178.

O valor de R$ 3,711 constatado em média nos postos mato-grossenses foi verificado em levantamento realizado na semana passada. Ao se comparar com o levantamento realizado no período de 16 de outubro verifica-se um incremento diante os R$ 3,708 da ocasião.

Leia mais:
Gasolina sobe 0,5% em Mato Grosso após anúncio de retração da Petrobras nas refinarias

O primeiro anúncio de redução no preço da gasolina nas refinarias feito pela Petrobras ocorreu no dia 14 de outubro e foi de 3,2%. No dia 08 de novembro a estatal anunciou mais 3,1% de decréscimos no litro pago pelas distribuidoras nas refinarias.

Entretanto, a queda não chegou à ponta, ou seja, para os consumidores. Segundo o Sindipetróleo, os postos não podem comprar diretamente das refinarias, o que permitiria repassar a redução de preço anunciada pela Petrobras para os consumidores.

"Na observância das notas fiscais do período ficou claro que não houve uma redução e sim, na verdade, aumento de preço das distribuidoras para os postos", declara o vice-presidente do Sindipetróleo João Marcelo Borges.

Através notas fiscais apresentadas na manhã desta segunda-feira, 28 de novembro, para a imprensa o Sindipetróleo revelou que um revendedor no dia 13 de outubro pagou R$ 3,3267 pelo litro da gasolina e no dia 17 de outubro, quando fez novo pedido para a distribuidora, o valor havia subido para R$ 3,3341. Já no dia 21 de novembro, após o segundo anúncio de recuo ter sido feito pela Petrobras, o mesmo posto pagou R$ 3,3418.

"Como é que podemos repassar ao consumidor aquilo que não recebemos. Essa redução anunciada pela Petrobras não chegou ao revendedor da Grande Cuiabá", pontua João Marcelo, que ressalta ainda que o Governo Federal não controla o preço das refinarias e que os anúncios feitos pela estatal são justamente contra o antigo modo de condução "que tinha a intromissão do Governo e que gerou prejuízos bilionários para a Petrobras".

João Marcelo Borges - vice-presidente do Sinpetróleo-MT (Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto)

O vice-presidente do Sindipetróleo afirma que "o consumidor está dentro do direito dele de reclamar e questionar" e que até mesmo os postos fazem isso com as distribuidoras. "Nós questionamos as distribuidoras sobre o porquê do aumento ao invés da queda e recebemos vários tipos de informações desde o aumento do valor do etanol anidro, que hoje corresponde a 27% da mistura da gasolina, a custos de operação. Isso eu não tenho como interferir, ou seja, na gestão delas".

Diesel

Ao contrário da gasolina, o óleo diesel S-500, mais conhecido como diesel comum, para o consumidor caiu de R$ 3,329 para R$ 3,292 (preço médio) entre pesquisa da ANP do dia 09 de outubro a 20 de novembro.

"No diesel na primeira redução anunciada não chegou nenhum recuo para nós, enquanto no segundo anuncio de aproximadamente R$ 0,20 centavos para nós chegou R$ 0,10 centavos apenas de redução. Os posto com isso fizeram suas reduções e adequações”, pontua o vice-presidente do Sindipetróleo-MT.

Etanol

Além da gasolina, o etanol hidratado também apresentou alta. Conforme João Marcelo, em 40 dias os postos receberam um aumento de R$ 0,13 centavos que não foi repassado aos consumidores. Ele frisa que não há perspectiva de quando este incremento recebido será repassado.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet