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Domingo, 28 de abril de 2024

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Demissões e queda de 50% nas vendas são consequências da greve dos bancários em Cuiabá

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Demissões e queda de 50% nas vendas são consequências da greve dos bancários em Cuiabá
Demissões e retração de 50% nas vendas são os resultados provocados no comércio em Cuiabá pela greve dos bancários, que já dura 24 dias e não tem previsão para acabar. A situação que já era preocupante devido à crise econômica, segundo comerciantes e taxistas, tende a se agravar ainda mais caso a paralisação de prolongue.

Os bancários rejeitaram mais uma vez a proposta dos patrões na quarta-feira, 28 de setembro. A recusa foi visto os banqueiros terem mantido a proposta de 7% de reajuste nos salários dos bancários e abono de R$ 3,5 mil ainda em 2016 com reposição da inflação, mais 0,5% de aumento real em 2017.

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A negativa dos bancários diante a proposta dos bancos agrava a cada dia a situação delicada pela qual comerciantes, taxistas, prestadores de serviços e outros segmentos econômicos passam com a recessão econômica.

Comerciantes revelam que demissões estão surgindo como um meio de contenção de custos. O movimento na região central de Cuiabá que já havia apresentado recuo com a crise econômica, retraiu ainda mais, uma vez que diversas agências bancárias estão localizadas na região.

Em uma pastelaria localizada na Avenida Getúlio Vargas o movimento por conta da crise econômica já havia caído 30% em comparação a 2015. “A greve veio agravar ainda mais a situação do comércio. Com a paralisação dos bancos nosso movimento hoje é 50% inferior. É preocupante, porque não há fluxo de pessoas na rua”, comenta um dos proprietários do estabelecimento Caio Vilhena.

Vilhena comenta que até mesmo para efetuar o pagamento de contas e fornecedores está difícil, tendo os comerciantes que buscarem alternativas de autorizadas, como Lotéricas.

Se para um estabelecimento com vários funcionários está difícil, para quem tira na rua o sustento da família com venda de salgados, queijo, biscoito, café e doces está ainda mais complicada a situação. “O jeito é economizar para pagar as contas”, comenta o vendedor de queijos e doces Valteir Melo Resende. Ele que vendia por dia entre 40 e 50 pacotes de polvilho por dia, hoje comercializa em média 20 pacotes.

Taxistas e estacionamentos em dificuldade

Taxistas que antes faziam entre 10 e 15 corridas por dia antes da greve dos bancários, hoje fazem apenas a metade. “Caiu 50% o movimento. Quem vem ao centro comprar algo sempre procura um táxi para retornar para casa”, comenta o taxista Jesuel Hermes Ferreira Pinto.

De acordo com Jesuel, as quintas e sextas-feiras são os dias de maior fluxo de pessoas no centro de Cuiabá, principalmente em períodos de pagamento dos servidores públicos.

Nos estacionamentos localizados na região central de Cuiabá o movimento caiu em média de 30% e há dificuldades com o troco, segundo a caixa de um dos estabelecimentos Letícia Campos. “Para nós caiu uns 30% devido à greve dos bancos, pois muitos dos nossos clientes deixam o carro aqui para ir às agências. Outra dificuldade nossa é quanto ao troco, uma vez que muitas pessoas vêm com notas altas.
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