A procura por pacotes de turismo no exterior apresentaram crescimento de 30% em Cuiabá nesta quarta-feira, 29 de junho, nas primeiras horas da manhã. O incremento é creditado pela forte queda de 2,61% do valor do dólar na terça-feira, que fechou cotado em R$ 3,30 o dólar comercial na venda pela primeira vez em quase um ano. Por volta das 10h40 (horário de Mato Grosso) de hoje o câmbio comercial estava na casa dos R$ 3,25. Já o dólar turismo a R$ 3,38, uma variação negativa de 1,74% em relação ao fechamento no dia anterior. Destinos exóticos, como África, Emirados Árabes e Austrália estão entre as localidades procuradas pelos mato-grossenses, além dos Estados Unidos.
A queda do dólar, em mais um dia marcado pela ausência de interferência do Banco Central no câmbio, é acompanhada por investidores com bons olhos. Quem também está acompanhando o bom humor nos mercados externos são as agências de turismo que vinham registrando retração na procura de pacotes para lazer desde que o dólar disparou.
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Às 9h09, no horário de Brasília (DF), o dólar apresentava queda de 1,29% atingindo R$ 3,2633. Já às 10h (horário de Brasília) R$ 3,2654 e às 10h49 (horário de Brasília) era cotado a R$ 3,2495.
A quarta-feira está sendo marcada pela queda do dólar em elação a várias moedas de países emergentes, entretanto, segundo especialistas, no Brasil o recuo está sendo mais intenso em decorrência de fatores internos. Especialistas afirmam que o primeiro motivo para a reação do dólar no Brasil é a sinalização do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em não estar disposto a usar as ferramentas cambiais que vinham sendo utilizadas.
Conforme a diretora da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Mato Grosso (ABAV-MT), Hester Trecco, comenta que em decorrência ao dólar elevado desde o ano passado à procura pelas chamadas viagens de lazer recuaram em torno de 30% em Mato Grosso. A predominância, revela ela, nestes últimos 12 meses foram as viagens corporativas.
“O movimento é instantâneo. Bastou ser noticiado que o dólar apresentou queda que as procuras já cresceram cerca de 30% para o turismo de lazer em relação à ontem. Para o setor do turismo o recuo do dólar é bom. Na atual conjuntura da economia e política do Brasil essa reação do dólar aponta uma perspectiva de que o país começa a caminhar”, comenta a diretora da ABAV-MT.
Intercâmbios
Além das viagens de turismo, o dólar alto provocou uma queda nos intercâmbios. “Não é só o valor do estudo. Há custos com moradia, alimentação, entre outros. Um simples lanche com refrigerante em uma barraquinha na rua em Miami, por exemplo, é US$ 10. Isso mostra o quanto a moeda brasileira está desvalorizada”.
