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Domingo, 28 de abril de 2024

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Setor preocupado

Hotéis fecham na Grande Cuiabá diante ociosidade de 65% da oferta de leitos

Foto: Googler Street View

Recentemente os hotéis Slaviero, localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), e Mangabeiras, em Várzea Grande, fecharam as portas, conforme a ABIH-MT

Recentemente os hotéis Slaviero, localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), e Mangabeiras, em Várzea Grande, fecharam as portas, conforme a ABIH-MT

Dois hotéis na Grande Cuiabá fecharam as portas nos últimos dias diante o setor hoteleiro estar trabalhando com apenas 35% da oferta de leitos. A situação econômica no segmento é considerada crítica e mais empreendimentos podem fechar até o mês de julho. A realização de eventos em Mato Grosso seria uma saída para a situação, que se abrange em todo o país.

O número de leitos da rede hoteleira na Grande Cuiabá saltou cerca de 90% com a Copa do Mundo de 2014. O salto, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Mato Grosso (ABIH-MT), foi de nove mil leitos para 17 mil leitos.

Hoje, o setor trabalha com 35% de ocupação, “o que não dá para pagar as contas”, comenta o diretor da ABIH-MT, Luiz Verdun.

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Recentemente os hotéis Slaviero, localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), e Mangabeiras, em Várzea Grande, fecharam as portas, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Mato Grosso (ABIH-MT).

Luiz Verdun explica que normalmente o movimento na Grande Cuiabá, principalmente, recua na segunda quinzena de dezembro, ficando entre 15% e 20% do movimento. Porém, hoje está com 35% da taxa de ocupação operando. Ele comenta que muitos hoteleiros estão “apelando” para financiamentos para poder manter o empreendimento. “Alguns possuem outros negócios e acabam assim equilibrando as contas, porém aqueles que não possuem essa alternativa não chegam até julho. Os hotéis que fecharam é em decorrência a essa baixa na ocupação, a essa situação pela qual o setor vive hoje”.

Se na Grande Cuiabá a situação está complicada, no interior é mais ainda. “Temos, não diria que muitas reclamações, mas sim lamentações vindas do interior na ABIH-MT. Lá os eventos são esporádicos. Não suprem a necessidade de cobrir uma despesa anual. O Brasil precisa sair dessa crise. O pessoal não está viajando. O dinheiro não está circulando”.

Conforme Luiz Verdun, não bastasse a baixa movimentação, o setor hoteleiro ainda sofre com o agravante de cancelamento de voos por parte das companhias áreas. A companhia aérea Gol, por exemplo, desistiu recentemente do voo entre Cuiabá e o Rio de Janeiro e a Azul cancelou voos entre Cuiabá e Campo Grande (MS), conforme informações do Hotran (Horário de Transportes) da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil).

Eventos

Uma das saídas para o momento “crítico” pelo qual a rede hoteleira passa é a realização de eventos. A Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT) é considerada o “ponta pé” pelo setor.

De acordo com o secretário adjunto de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Luiz Carlos Nigro, o turismo de Mato Grosso será visto de outra maneira após a FIT Pantanal. “Os eventos podem ajudar a melhorar a situação dos hotéis. O que temos é uma crise na hotelaria e quando falamos em crise na hotelaria todos os outros 52 segmentos econômicos, como transporte e comércio, também são afetados”.
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