Olhar Direto

Quarta-feira, 29 de maio de 2024

Opinião

Basta (01)

As páginas amarelas da Veja trouxeram uma entrevista com um lendário investidor americano - Jim Rogers – na qual ele afirma que aplicações nas bolsas têm os seus dias contados. Diz ele, que o futuro está no agronegócio, justamente numa área em que o Brasil foi privilegiado pela natureza. Temos tudo para ser a maior economia do mundo se o MST deixar e o governo não atrapalhar.

Tem o Brasil a maior área útil do mundo, porque a China, tirando as montanhas do Tibet é menor do que o Brasil. Assim é a Rússia sem a Sibéria e os Estados Unidos sem o Alaska. Para se ter uma base da importância da agricultura, os Estados Unidos ganharam a guerra fria porque a União Soviética, em que pese a qualidade de suas terras, ao contrário da livre iniciativa dos americanos, estatisou a agricultura, julgando que se poderia estabelecer produtividade por decreto.

Com todo armamento, sendo uma potência atômica, a União Soviética não resistiu ao embargo que os Estados Unidos fizeram da venda de grãos para aquele país. A estatização, interferência do governo, burocratização do campo acabaram por causar o fim da União Soviética, antes a colocando de joelhos. Justiça se faça ao governo militar, que através da Escola Superior de Guerra, antecipou-se ao tempo incentivando a ocupação do cerrado. O governo militar fez a reforma agrária séria, sem baderna.
Em Mato Grosso temos vários exemplos de reforma agrária que deu certo.

Rondonópolis e Dourados, cidades que são orgulho de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul iniciaram como projetos de colonização. O desenvolvimento de Lucas de Rio Verde, Guarantã do Norte, Terra Nova, e a região do baixo Araguaia foram alguns exemplos de empreendimentos sérios, vindos de governos sérios.

O governo Geisel lançou no vale do Araguaia um plano coordenado pelo Banco do Brasil que financiava a aquisição de 400 hectares para cada produtor e mais maquinário. Enfim, tudo que o produtor – o verdadeiro produtor e não baderneiros e terroristas – necessitava. Dessa iniciativa surgiram Água Boa, Canarana e mais cidades que mudaram a história da região. A agência da CBT da Barra do Garças foi a que mais vendeu trator no Brasil.

Agricultores e pecuaristas foram bandeirantes, pioneiros que comeram o pão que o diabo amassou. Porque, ao contrário dos Estados Unidos, na marcha para o Oeste, em que a presença do governo antecipava a chegada dos colonos, no Brasil o colono desbrava, sacrifica a família, adquire doenças tropicais, perde entes queridos por falta de assistência médica, e quando já está tudo pronto é que chega o governo cobrando impostos e impondo regras esdrúxulas.

Tenho na memória, o ano de 1982, então candidato a deputado estadual percorrendo o município de Colider, numa reunião avistei a figura de uma moça de notável beleza cujo rosto, braços e pernas estavam todos pintados com marcas de mosquitos. Era gente que havia se deslocado do Paraná, um Estado que proporcionava conforto no campo, e deixou tudo movido pela esperança de dias melhores. Foi gente dessa estirpe que alavancou Mato Grosso e o Brasil.

O Brasil carrega a responsabilidade de dar comida ao mundo, o agronegócio é responsável por um terço as divisas geradas pela exportação. No entanto o governo Lula dá dinheiro para Bolívia, para o Equador, para o Paraguai, para países africanos, empresta dinheiro para o FMI e trata o produtor brasileiro a pão e água.

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