Olhar Direto

Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Opinião

Comunicação na política: como manter as relações

O tema política hoje virou uma guerra entre as pessoas, às vezes amigos e familiares ficam sem se falar por conta de um ser a favor de um candidato e outro apoiar o outro. Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela Universidade de Califórnia em Los Angeles (UCLA) e Universidade de Washington (UW) apontou que o jantar de Ação de Graças de 2016 durou uma hora a menos em famílias com candidatos de oposição.
 
Como é incrível a forma como esquecemos do amor e respeito aos nossos por conta de questão política. Essa troca de valores é muito séria! A política não serve para nada quando ela está acima do ser humano. A função da política é servir para a humanidade e não ser um desfavor para a mesma.
 
Evitar esse tipo de atrito não é fácil, mas é uma escolha, e a melhor forma de fazer isso é aprender a ter uma comunicação saudável em qualquer ambiente de convívio e  fazer uma auto-reflexão: qual é o objetivo da política para a vida? E mais especificamente na minha vida?
 
Caso perceba que a política não serve ao objetivo desejado, é preciso precaver para não haver exposição acerca de fatos desconhecidos e entrar em discussão só para julgar e sentenciar. Ou seja, pare e pense primeiro, faça uma análise de tudo até que tenha um parecer. O que mais vemos são pessoas retrucarem e esbravejarem acusações absurdas, ao ponto de perderem a razão. Isso é falta de inteligência emocional para gerir o que sente diante de uma discussão política.
 
Há meios de não concordar e se posicionar de uma maneira muito tranquila ao desacordo. Para isso é necessário trabalhar a psicodinâmica ou o ritmo da fala e você conseguirá verbalizar o que quiser, sem causar mal-estar.
 
Acredito que temos que aprender, por meio da inteligência emocional, a nos comunicar de uma forma mais assertiva, para que a nossa fala não ative o campo de desorientação mental do outro. Aprender a pensar antes de falar é fundamental. Aprender a olhar o todo! Algumas pessoas enxergam a pacificidade como tolice. Aliás, ao contrário, como diz uma frase antiga: “A palavra é tempo, o silêncio é eternidade”. Ou seja, às vezes é melhor silenciar.
 
Percebo que muitas pessoas têm o hábito de uma comunicação um tanto violenta quando o assunto é política. Precisamos ter mais cautela com o que falamos, principalmente, quando denegrimos imagens de pessoas reais, que estão próximas a nós, por conta da política polarizada.
 
A política é necessária, mas não pode ser desserviço à sociedade, lançando a esmo discursos passionais, que chegam ao ódio. Precisamos conversar a política dentro do contexto do benefício social e humano e não usar isso apenas como fomento de discussão e desentendimento, ao ponto do desrespeito e quebra de laços.
 
A inteligência para desenvolver uma comunicação assertiva inclui também a inteligência espiritual - que é a capacidade de equilibrar a razão e a emoção com base em crenças, valores e ações. É preciso pensar nos processos de comunicação diariamente, para aprender a conversar e não discutir política. Afinal, políticas que favorecem as nações são alicerçadas em valores e ética.
 
 
Sonia Mazetto – Fonoaudióloga, Presidente do Sindicato dos Terapeutas de Mato Grosso (Sinter-MT) e Gestora de Potencial Humano
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