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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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infecção generalizada

Conheça a 'Sepse', doença que mata mais que infarto e câncer e ainda é desconhecida

Foto: Reprodução / Ilustração

Conheça a 'Sepse', doença que mata mais que infarto e câncer e ainda é desconhecida
A sepse, ou infecção generalizada, é uma doença ainda desconhecida, mas que tem taxa de mortalidade de mais de 50%, sendo mais fatal do que infarto ou alguns tipos de câncer, por exemplo. No total, a doença faz uma vítima por segundo.

Pensando nisso, foi instituído no dia 13 de setembro (próxima terça-feira) o Dia Mundial da Sepse, com o objetivo de chamar a atenção da população e dos médicos para o assunto. Comandada pela Global Sepsis Alliance (GSP), a ação une mais de 60 países do mundo.

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De acordo com a assessoria do Hospital Santa Rosa, a sepse “é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários dos órgãos do paciente”.

Luciano Corrêa, médico infectologista do hospital, afirma que é importante ficar atendo aos sintomas e procurar ajuda médica desde o início. “As primeiras horas de tratamento são as mais importantes. Os pacientes devem receber antibioticoterapia adequada o mais rápido possível, pois a piora do quadro pode ocorrer em minutos”, ressalta.

Dentre os sintomas, por exemplo, estão todos aqueles associados a fonte de infecção, como tosse devido à pneumonia ou a dor abdominal se o foco for uma apendicite. Além disso, febre, aumento das frequências cardíaca e respiratória, ou até mesmo falta de ar, redução da produção de urina, tontura ou alteração do estado mental com confusão, agitação ou sonolência podem ser marcadores de disfunções orgânicas, que indicariam um agravamento da infecção.

De acordo com o médico, qualquer pessoa pode ter sepse. “No entanto, aquelas em condições vulneráveis, como os diabéticos, portadores de câncer, aidéticos, portadores de insuficiência renal ou aqueles que apresentam qualquer forma de imunossupressão, bem como recém-nascidos prematuros e idosos são os mais suscetíveis às formas mais graves de infecção”, explica. Dentre as infecções que podem evoluir para uma sepse, as mais comuns são a pneumonia, infecções na barriga e infecções urinárias.

Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), cerca de 30% dos leitos das unidades de terapia intensiva no Brasil são ocupados por pacientes com sepse grave; e a taxa de mortalidade pode chegar a 55% dos pacientes que apresentam sepse nas UTIs brasileiras.

Para prevenir a doença, é necessário ter hábitos saudáveis e, acima de tudo, prevenir qualquer tipo de infecção. Além disso, um dos pontos importantes é não abusar do uso de antibióticos para reduzir as chances de desenvolver infecções resistentes. Por isso, não é indicado usar medicamentos prescritos para outra pessoa e ou se automedicar.

E se ela aparecer, o mais indicado é começar o tratamento o mais rápido possível, administrando antibióticos via venal. “O Hospital Santa Rosa é pioneiro em Mato Grosso na elaboração de um protocolo próprio para assistência em casos de sepse. Em alguns casos, o quadro de sintomas pode ser confundido com uma virose mais forte, o paciente volta para casa e morre em questão de horas. Instituições de saúde e médicos devem se conscientizar sobre a gravidade dessa patologia, que é comum, mas desprezada”, lamenta Luciano Corrêa.
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