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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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dezembro laranja

Dermatologista dá dicas para evitar o câncer de pele, um dos mais comuns do Brasil

Foto: Olhar Conceito

Elaine Togoe Kunze

Elaine Togoe Kunze

Pelo terceiro ano consecutivo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza, neste mês de dezembro, a campanha ‘Dezembro Laranja’. Com o objetivo de chamar a atenção para o câncer de pele, um dos mais comuns no Brasil, o projeto pretende impactar as pessoas com o uso de hashtags, adesão de celebridades e uso de roupas e decoração laranja pelo país.

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Em Cuiabá, a dermatologista Elaine Togoe Kunze também chama a atenção para o problema. De acordo com a médica, a prevenção e o acompanhamento médico são as melhores formas de se evitar a doença.

“O câncer de pele pode ser percebido por meio de pintinhas que sofram alterações de cor, ou de tamanho, ou mesmo que comecem a descamar”, explica. Segundo a doutora, isso é possível de acontecer tanto em manchas pré-existentes quanto em novas pintas que surjam na pele.

Neste ano, a SBD divulgou, junto à Datafolha, uma pesquisa sobre os hábitos de exposição solar do brasileiro e suas consequências. De acordo com o estudo, 63% dos brasileiros não usam protetor solar no seu dia a dia. Já segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), em 2016 foram 176 mil novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil (ou seja, os benignos).

“Existem dois tipos de câncer de pele, os benignos, também chamados de carcinoma basocelular, e os malignos, o carcinoma espinocelular e os melanomas”, explica Elaine. De acordo com a dermatologista, em 70% dos casos os cânceres de pele são benignos e, quando identificados, devem ser tratados com a retirada da lesão.

“Se não for tratada, a lesão pode chegar até a gordura e ao músculo, às camadas mais profundas da pele. Mas isso demora bastante, de cinco a dez anos”, explica. Já o melanoma, câncer de pele maligno, é mais perigoso. “Este tipo de câncer tem ação mais rápida, e em alguns casos pode chegar a dar metástase”. Quando acontece a metástase, ou seja, o câncer se espalha pelo organismo, é necessário o tratamento com radioterapia.

A boa notícia é que, apesar de existir o fator genético, o câncer de pele pode ser evitado. “É extremamente necessário passar protetor solar diariamente, de três em três horas, independente da estação do ano. E também evitar a exposição ao sol das 10h da manhã às 16h, usar chapéus e até roupas que têm proteção contra raios UV”, afirma Elaine. Segundo a médica, é importante lembrar-se de repor a proteção porque, depois do tempo determinado, ela perde a eficácia.

“Outra coisa muito importante é ter um acompanhamento médico. Se a pessoa notar que alguma pintinha ou mancha está mudando de cor, crescendo ou descamando, tem que ir ao dermatologista imediatamente”, explica. O primeiro procedimento será o de dermatoscopia, ou seja, com o uso de um aparelho chamado dermatoscópio, a médica consegue ampliar sua visão em mais de cem vezes e, assim, identificar os detalhes da lesão.

Elaine ainda explica que, na maioria dos casos, as manchas de câncer basocelular (os benignos) são claras e brilhosas, enquanto as manchas de melanoma (maligno) são escurecidas. “O melanoma é mais comum em pessoas negras, porque é causado pelo melanócito, mais presente nas peles escuras”, explica. Por este motivo, mesmo quem não tem a pele branca tem que se preocupar com a proteção solar. O câncer de pele é, também, mais fatal entre adultos jovens.

Sobre o fator de proteção, Elaine explica que, quanto mais branca a pele, maior deve ser o fator. “Se a pessoa demora cinco minutos para ficar vermelha quando se expõe ao sol, com o protetor 30 ela vai demorar trinta vezes mais. Com o cinquenta, cinquenta vezes mais, e assim sucessivamente. Por este motivo, os mais brancos devem se proteger mais, usar um protetor 50, e os mais bronzeados, um fator 30, por exemplo”.

A dermatologista ainda lembra que é necessário reaplicar o protetor solar sempre que suar, ou quando entrar na água. “E mesmo quem trabalha em escritório precisa se proteger, já que a luz branca, e até a tela do computador, emitem raios ultravioletas. Não é que essa exposição vai causar câncer, mas uma exposição sem proteção faz com que a pele acumule esses raios”, finaliza.
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