Advogado identificado como F.H.F.N. é acusado de agredir uma mulher, puxá-la pelos cabelos e jogá-la para fora de uma casa no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá). O suspeito é o responsável por fazer o divórcio da vítima com ex-marido, também advogado.
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Consta do boletim de ocorrência que a mulher permaneceu casada com T.L.F por quatro anos. Porém, desde março deste ano eles haviam se separado porque o homem saiu de casa.
Ainda conforme relato do boletim, o divórcio estaria acontecendo de forma litigiosa, sendo assim, os bens das partes deveriam ficar desocupados até a conclusão do processo. No entanto, o ex-marido da vítima, juntamente com outros advogados, estariam promovendo uma espécie de festa no imóvel.
Sabendo da situação, a mulher se deslocou até a residência para filmar, e assim obter provas contra o ex-marido, já que ele estava descumprindo o acordo. No entanto, quando ela se aproximou da casa, o advogado F., responsável pelo divórcio do ex-casal, arrancou a mulher do imóvel pelos cabelos, chutou a perna dela e a empurrou para fora do local. Além disso, o advogado tomou o aparelho celular da vítima.
Desesperada, a mulher pediu socorro na casa de uma vizinha, que negou ajuda. A mulher continuou pedindo socorro, porém, o ex-marido sinalizou para os moradores não ajudarem ela. Várias pessoas presenciaram a situação e ninguém se prontificou a ajudá-la. Ainda na confusão, o agressor danificou totalmente o aparelho celular.
A vítima só conseguiu abrigo no local onde o caseiro ficava. De lá, acionou a Polícia que chegou no Manso por volta das 20h30. Na casa onde os advogados realizavam a festa com várias mulheres, F. negou todas as acusações e justificou dizendo que a vítima é quem deveria ser presa por descumprir medida judicial de manter distância de 500 metros.
Conforme a Polícia Militar, na tentativa de intimidar o sargento que atendia a ocorrência, F. disse ainda que ligaria para um desembargador e para um coronel. Diante dos fatos, o sargento pediu que todos se deslocassem até a delegacia, no entanto, F. se recusou dizendo que estaria bêbado.
A vítima disse que pretende representar criminalmente contra F. por conta das lesões corporais e também contra todos que se omitiram diante do ato de violência. O caso foi encaminhado para delegacia de Chapada dos Guimarães para as devidas providências.