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Domingo, 19 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Caso Eyko

Delegado fica surpreso com o novo laudo

O delegado de Chapada dos Guimarães, João Bosco, informou estar surpreso com o novo laudo do Instituto Médico Legal (IML) que detectou que a jovem Eiko Uemura, 23, foi torturada e morta antes de ser jogada no Portão do Inferno, precipício localizado às margens da rodovia Emanuel Pinheiro, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães.


João Bosco contesta o fato do primeiro laudo ter constatado o suicídio. Segundo ele, o legista de Chapada, Edson Fratari confirmou que as lesões foram causadas pela queda. Ele cita ainda que no outro exame realizado pela Politec, confirmou que não havia sangue porque ela já estava morta quando caiu.

“No exame apresentado pelo Ernesto mostra que quando ela bate o calcanhar ele estoura ao bater numa pedra e não tinha sangue porque ela já estava morta. Agora o laudo vem dizer que quando ocorreu a lesão no calcanhar ela estava viva?”, questionou.

O delegado fez questão de destacar que este novo laudo foi realizado após 30 dias da morte, com o corpo em putrefação. Ressabiado, João Bosco disse que agora prefere esperar a quebra de sigilo telefônico para ver se confirma com os depoimentos prestados pelas testemunhas. Ele disse ainda que se comprovado a tese de homicídio deverá passar o caso para polícia de Cuiabá, que tem mais recursos.

Bosco criticou a falta de infraestrutura do legista de Chapada. “Fratari é um ótimo legista, mas não tem os recursos que o médicos de Cuiabá têm, não tem como tirar fotografia ou fazer o raio-X para comprovar as lesões”, esclareceu.

No entanto, sobre como se sente com os novos rumos que o caso tomou, o delegado comentou estar motivado para mostrar à sociedade que é preciso se organizar e dar estrutura necessária a todos os legistas. Em resumo, João Bosco comentou: “está esquisito”.

O médico legista responsável pelo novo laudo, Jorge Caramuru, foi procurado pela equipe do Olhar Direto, mas apenas informou sobre a coletiva marcada para as 15h30 de hoje, na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Ele disse ainda que o delegado João Bosco pediu para que não fosse divulgado nada até o horário da entrevista.

Entenda o caso

A jovem Eiko Uemura foi encontrada morta no Portão do Inferno no dia 29 de abril, desde então, mistério cercam o caso. Durante a investigação, descobriu-se que ela tinha um caso com o advogado Sebastião Carlos Araújo Prado.

No primeiro depoimento, Sebastião mentiu sobre o relacionamento com Eiko, porém dias depois ele compareceu à polícia e entregou as jóias da família da jovem, as quais ela teria roubado do cofre da casa da tia Gisselma Uemura, com que morava e foi criada.

De acordo com a família, as jóias entregues pelo advogado não representam nem um terço do que foi roubado. Dois meses depois, as jóias continuam desaparecidas.
Outro jovem com quem Eiko Uemura teria se relacionado nos últimos meses, antes de sua morte, também prestou depoimento, mas não teve nada a acrescentar. O delegado já estava disposto a pedir o arquivamento do caso.

Eiko também vinha sendo investigada por participar de um esquema comandado pelo seu tio, Júlio Uemura, no qual a jovem seria sócia de empresas fantasmas. O grupo foi desmantelado durante a Operação Gafanhoto.

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