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Sábado, 01 de junho de 2024

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CONTAMINAÇÃO

Concentração de mercúrio na água em Pontes e Lacerda é avaliada

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Concentração de mercúrio na água em Pontes e Lacerda é avaliada
A concentração de mercúrio na água distribuída para a população em Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá) passa por análise. Amostras foram retiradas no último dia 11 de novembro em cinco pontos do sistema de abastecimento da Companhia de Água da cidade e no rio Guaporé. A análise é decorrente ao uso do metal por garimpeiros na lavagem do material extraído no garimpo ilegal nas proximidades das estações de captação.

 
A avaliação é realizada em ação conjunta das Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Saúde (SES), após solicitação da Procuradoria de Justiça de Pontes e Lacerda e da Companhia de Água do município.

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As coletas das amostras foram realizadas no dia 11 de novembro. O material, segundo o coordenador de Monitoramento da Qualidade Ambiental, o químico Sérgio Batista Figueiredo, foi encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública do Mato Grosso (Lacen), em Cuiabá, que reportará a investigação ao laboratório de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) Evandro Chagas, no Pará.
 
A previsão é que o laudo conclusivo fique pronto em um mês. “Ainda que esta análise específica seja negativa, não podemos descartar danos ambientais e à saúde, já que o mercúrio pode se alojar no sedimento no fundo do rio e levar vários anos para demonstrar os primeiros sinais de contaminação", explica o químico.
 
O mercúrio é considerado um grande risco à saúde humana. Além de danos ambientais irreversíveis ao solo, água e ictiofauna dos rios, no ser humano pode trazer má formação fetal, danos cerebrais, problemas neurológicos e até a morte.
 
De acordo com a Sema, a presença do efeito do metal pode durar de 30 a 40 anos no meio ambiente, com sinais que podem levar entre 10 e 20 anos para surgir. O mercúrio, ao contrário de outras substâncias tóxicas, como pesticidas, se aloja na proteína animal e contamina o peixe, por exemplo, não sendo possível a sua retirada no momento do preparo.
 
Em Mato Grosso, conforme Sérgio Figueiredo há diversos estudos quanto aos impactos provocados pelo uso de mercúrio em garimpos. Entre as regiões mais avaliadas por pesquisadores de universidades públicas do estado estão Poconé e Alta Floresta.
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