“Dos Labirintos e das águas: entre Barros e Dickes” é o nome do livro que será lançado na noite desta terça-feira (29), no Tom Chopin, a partir das 20h. A obra foi organizada pelas professoras doutoras da Unemat Vera Maquea e Madalena Machado.

Com artigos inéditos de um grupo de professores e jornalista, o livro demorou cerca de três anos entre sua idealização e sua publicação. Os autores são os professores Marinei Almeida (Unemat), Isaac Newton Almeida (Unemat), Everton Almeida (Unemat), Renata Beatriz, Mário Cezar (UFMT), Gilvone Furtado (UFMT), Yasmin Nadaf (estudiosa da literatura mato-grossense), Lorenzo Falcão (jornalista e escritor), além dos artigos das organizadoras.

Os artigos que constituem têm como proposta central reunir reflexões críticas acerca da obra dos dois autores: Manoel de Barros (considerado um dos maiores poetas vivo da literatura brasileira na atualidade) e Ricardo Guilherme Dicke (grande ficcionista que teve um de seus trabalhos lidos por Guimarães Rosa e Graciliano Ramos), falecido há quase dois anos.

Os artigos que compõem o livro Dos labirintos e das águas: entre barros e dickes, abordam temáticas nos estudos sobre as obras dos autores como o universo cultural mato-grossense sem, no entanto, fechar-se no regionalismo restritivo, atingindo, assim, uma visão cosmopolita dos problemas abordados. Isso se dá pela abrangência de questões humanas de ordem geral configuradas em construções estéticas artisticamente bem realizadas, tanto por Manoel de Barros quanto por Ricardo Guilherme Dicke. O livro constitui-se de duas partes: na primeira, a atenção volta-se à poesia híbrida de Manoel de Barros e na segunda, a particular narrativa de Ricardo Guilherme Dicke.

A publicação deste livro, financiado pela FAPEMAT, tem o objetivo de ampliar os estudos sobre esses dois autores, bem como da literatura produzida no Estado para outros espaços de leitura e também da crí¬tica acadêmica e especializada. Com isso busca-se contribuir para a inclusão de ambos os autores, de forma mais sistemática, nos estudos da Literatura Brasileira – como é legí-timo aos grandes artistas – e também nos currículos das escolas, nos quais, em geral, define-se o que entra e o que se exclui dos conteúdos de conhecimentos. As informações são da assessoria.