Este é um descendente tardio de Alien, Event Horizon, ou das outras dezenas que tiveram, aproveitando o ambiente chamado de Gótico Industrial (o interior de uma nave que foi reproduzido num estúdio em Berlim, mas também em uma fábrica abandonada). Ou seja, é outro filme B de nave espacial, que é atacada por uma força estranha enquanto está em uma missão secreta e que só vamos descobrir ao poucos e com muita dificuldade.

O filme que foi feito pelo diretor alemão de Case 39, que não estreou aqui ainda, e começa de uma maneira interessante, mostrando um sujeito que acorda sentindo-se mal. Ele está em algum tipo de missão especial e a doença é resultado de um efeito colateral passageiro. Logo ele encontra um parceiro mais velho, que se revelara como o Tenente (feito por Ben Foster, especialista em personagens bizarros como aqui, por exemplo, quando come insetos de verdade). Os dois não se lembram de nada, mas vão acabar descobrindo que essa nave chamada Elyseum, no século 22, é uma espécie de Arca de Noé, que tem a missão de popular outro planeta (parece que a Terra está super populada). E o título eu só descobri lendo um release, quer dizer, Orbital Disfuncional Síndrome.

Se o filme é logicamente escuro e procura regularmente provocar os sustos que os americanos chamam de jump (aparições inesperadas que fazem a gente mexer na cadeira), no meio muda de tom, quando aparecem outros sobreviventes, primeiro alguns que são do bem, depois uns monstrengos pouco verossímeis que querem destruí-los. E o resto do filme passa a ser uma luta entre os dois grupos, que inclui um campeão de artes marciais, chamado Cung Lee, uma mocinha que tem o nome de Antje e também o meio famoso Gigandet. Dali em diante tudo desanda nos clichês de sempre, nas mortes sucessivas e na saudade da primeira vez em que vimos Alien e vibramos com sua originalidade e terror verdadeiro. Porém, esta fitinha B, convenhamos, ainda poderia ser pior.