O jornalista Jorge Moreno, do jornal
O Globo, em sua coluna
Nhenhenhém - Surrealismo, na edição de hoje, argumenta que o senador Blairo Maggi (PR) "não precisa roubar" e tampouco indicou Luiz Antonio Pagot para o cargo de diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) para feitos não republicanos. Mais audaz: Moreno revela que Dilma já sofra da solidão do poder.
De acordo com Moreno, que é cuiabano, Pagot, um dos protagonistas da mais recente crise do Palácio do Planalto e do Ministério dos Transportes, informa que não se importa mais com a sua demissão do cargo de diretor do Dnit e que quer sair com nome limpo do episódio.
"Quero apenas preservar as minha honra e dignidade pessoal. Não sairei deste episódio com o nome sujo", disse Pagot ao colunista do jornal fluminense, de tiragem nacional, mas que há algum tempo já não é mais distribuído em Mato Grosso.
Na coluna, Jorge Moreno relata um diálogo dele com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual o senador republicano e Pagot são o centro do assunto. "Blairo não botou o Pagot no Dnit para roubar, mas para construir estradas de escoamento agrícola. Mas o Dnit foi usado por outros, não por eles, como centro arrecadador de campanhas", consta de outro trecho da coluna de Moreno.
"Realmente, com um faturamento anual de US$4 bi, Blairo não precisa rouba, A realidade, como sempre, supera a ficção", conclui o colunista de
O Globo.., para quem Pagot foi ou tem se portado como "cabra macho".
Leia abaixo íntegra da nota
Nem a minha amiga Denise Bandeira — que está escrevendo um seriado de ficção política a oito mãos, com Euclydes Marinho, Nelson Motta e Guilherme Fiúza — imaginaria tal situação.
Um dos protagonistas da mais recente crise introduziu um novo personagem no cenário dos escândalos: trata-se de uma ministra de Estado, absolutamente louca. Ela simplesmente odeia a presidente. Queres fazer mal a alguém? Basta dizer à ministra que Dilma adora essa pessoa. Ela destrói essa pessoa. É doença!
Que as duas nunca se bicaram, até as carpas do Planalto já sabiam. Mas não com essa intensidade toda.
Solidão do poder
O que se diz hoje da Dilma é a mesma coisa que sempre disseram de Ulysses Guimarães:
— A presidente Dilma é uma mulher solitária, na sua intimidade política.
Cabra macho
Luiz Antonio Pagot, um dos protagonistas da mais recente crise, informa que não se importa mais com a sua demissão do cargo de diretor do Dnit. E avisa:
— Quero apenas preservar as minhas honra e dignidade pessoal. Não sairei deste episódio com o nome sujo.
Prosas pantaneiras
Como conterrâneo e não como juiz, o ministro Gilmar Mendes e eu rompemos a madrugada dessa sexta recordando os tempos em que eu mandava nele e a colonização de Mato Grosso pelos paranaenses que hoje dominam o estado e o agronegócio do país no mercado mundial.
— Blairo não botou o Pagot no Dnit para roubar, mas para construir estradas de escoamento agrícola. Mas o Dnit foi usado por outros, não por eles, como centro arrecadador de campanhas — disse.
Realmente, com um faturamento anual de US$4 bi, Blairo não precisa roubar.
A realidade, como sempre, supera a ficção