Em entrevista exclusiva ao
Olhar Direto, o governador Silval Barbosa (PMDB) anunciou que irá tomar medidas drásticas para manter o policiamento após o anúncio de que os policiais civis paralisaram as atividades em 100%. Silval pretende aumentar o contingente de policiais militares e solicitar ajuda a outras instituições de Segurança Pública.
A declaração do governador foi feita durante visita ao abrigo de idosos Bom Jesus de Cuiabá nesta manhã. A maior preocupação é mesmo com os plantões. O governador se reúne ainda hoje, às 9h, com o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, e com a parte administrativa do governo para tentar montar o esquema policial que deverá tentar suprir a ausência dos policiais civis.
Barbosa continua afirmando que não pode contemplar o pedido de aumento salarial solicitado pela categoria grevista. “Chegamos ao nosso limite, não temos como oferecer mais do que aquilo que já oferecemos”, reiterou.
Atualmente, as categorias recebem um salário de R$ 2.365. A reivindicação é que o valor fosse equiparado ao pago aos peritos criminais, que recebem cerca de R$ 6 mil inicialmente. O governo teria proposto aos policiais um reajuste de R$ 3.900 até o final de 2014, que foi recusada.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva, o governo havia feito uma proposta até 2014, porém a categoria recusou durante assembleia realizada na noite dessa quinta-feira (1). “Só os delegados estão nos Cisc”.
Flagrantes
A Polícia Militar assumirá a elaboração de flagrantes. Em Barra do Garças (503 km de Cuiabá), isso já ocorreu. Um homem foi preso arrombando uma residência e a perícia foi acionada pela PM, pois a Polícia Civil se negou acionar. Agora a PM encaminhará para o Ministério Público e levaré o preso direto para cadeia pública.
A determinação do governo é para cortar também o ponto do policial e escrivão. A medida deve endurecer mais ainda a negociação entre a categoria e o governo. A greve da Polícia Civil já está completando 60 dias e apenas os delegados não aderiram o movimento. Um policial civil chegou a dizer se o delegado quiser fazer o flagrante que faça sozinho.
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