Olhar Direto

Terça-feira, 18 de junho de 2024

Notícias | eleições 2012

tudo ou nada?

Silval Barbosa critica incoerência de apoiadores de Mauro Mendes e chama empresário de 'arrogante'

Foto: Davi Couto Valle /Secom-MT

Silval Barbosa critica incoerência de apoiadores de Mauro Mendes e chama empresário de 'arrogante'
Governador Silval Barbosa (PMDB) aumentou o tom de críticas diretas e indiretas aos apoiadores de Mauro Mendes (PSB) e ao próprio candidato a prefeito de Cuiabá, a quem identificou como pessoa "arrogante". Silval só poupou o ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), com quem diz que não vai brigar, por ser seu "amigo". Ele percebe também na campanha de Mauro incoerência diante de atitudes passadas e a atual eleição.


"Eu era bom quando era coordenador do Mauro, hoje não presto?", critica, citando incoerência no fato de na eleição a prefeito de 2008 ajudar na campanha de Mauro Mendes, então no PR, e hoje ser alvo de ataques. "Eu não vou brigar, ele [Blairo] é meu amigo. Por mais que ele esteja sofrendo lá dentro, eu sei. Porque o candidato lá [Mauro] tem dificuldade de trato. Você conversa com Lúdio, ele é um cara humilde. Você conversa com o outro candidato e nele, às vezes de público, a arrogância supera qualquer coisa", compara.

Pressionado, governo renegocia MT Saúde e oferece planos privados
Mauro Mendes afirma que Silval nunca teve compromisso com a capital de MT

A fala do governador foi em entrevista nesta sexta-feira no programa da rádio Mix FM aos jornalistas Jean Estevam e Ana Karla Costa e ao radialista Igor Taques. A "avaliação" do governador aos adversários de Lúdio Cabral (PT), seu aliado, foi ao explicar ataques que tem sofrido. Silval repetiu que não faz política com agressão aos adversários.

"Igual falavam dos maquinários de 80% equipado e 20% roubado. Eu não sei fazer incoerência na minha vida. Não sou daqueles de discurso conveniente. Aqui é bom, eu elogio. Aqui é ruim, eu meto o pau. O povo não é bobo, as pessoas analisam", rebateu indiretamente o senador Pedro Taques (PDT).

O parlamentar foi autor do bordão percentual na eleição de 2010 para falar do escândalo de desvio de R$ 44 milhões nos governos Blairo Maggi e Silval Barbosa na compra de máquinas e equipamentos para prefeituras, cuja investigação prosseguem na justiça.

O governador citou outro caso de fazer política sem agredir adversários ao mencionar o caso de Várzea Grande, onde tinha como concorrente de palanque também outro senador. "Se eu ficasse ouvindo só o pessoal que eu apoio, eu ia brigar com o Jayme [Campos]. Não vou brigar. Se trabalhei para ele como senador [2006], como vou criticar ele agora, principalmente com a esposa [Lucimar Campos] candidata? Eu fui lá defender meu candidato Walace [Guimarães]".

Ao opinar sobre vantagem eleitoral de Lúdio, Silval tratou de tirar o peso das críticas do seu ombro, ao dizer que o desempenho do seu aliado se deve ao apoio de um "conjunto de pessoas" e creditou o fato à "população entrar na campanha dele", uma diferença e "dificuldade deles". Silval reforçou o caso da incoerência dos apoiadores de Mauro. "Em 2014, se Lúdio for candidato, vou agredir ele? Em 2012, ele pra mim é o melhor da campanha e depois vou agredir? Não faço política assim".

Eleição 2014

O governador voltou a falar que os adversários do petista fazem campanha antecipada para a eleição estadual de 2014. "Vou apanhar muito, a eleição parece que é do Estado. Você olha os ataques que vem, são mais fortes. Estão pensando em 2014", ironiza.

"Eu não sou candidato a nada. Podia ficar de boa, sem apoiar ninguém. Mas politica é assim, você tem que ter lado e grupo. A eleição de 2014, vamos discutir em 2014. Se é Blairo, candidato A ou B. A realidade será outra".

Silval afirma que "quem pensa em 2014 não tem compromisso nenhum com Cuiabá, é descomprometido e está pensando em projeto pessoal", sem se importar com os problemas nos bairros da cidade.

O governador resgatou o tom de crítica à candidatura de Mauro Mendes do início da eleição apregoado pelos adversários, segundo a qual sua disputa seria "um trampolim" para alcançar eleição de 2014. Ele sugere inclusive que seja mudado o calendário da política fazer eleição a cada dois anos.

"O Congresso Nacional tem que tomar uma posição na reforma política. Não dá mais para ter eleição de dois em dois anos. É pra ter fidelidade ao grupo que faz política. E não pra fazer trampolim. Cuiabá está nessa situação que está porque usam trampolim", cutucou. Dois apoiadores de Mauro, o senador Pedro Taques e o deputado federal Valtenir Pereira (PSB), são membros da comissão que trata da reforma política no Congresso Nacional.



Atualizada
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet