Cumprindo o roteiro pré-anunciado durante os últimos dias, o governador Silval Barbosa (PMDB) concede entrevista coletiva nesta sexta-feira (14), a partir das 15 horas, no Palácio Paiaguás, para anunciar a sua permanência à frente do governo de Mato Grosso até 31 de dezembro. Desta forma, abre mão de sua possível candidatura ao Senado da República, contrariando a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o seu partido, o PMDB, conforme a reportagem do Olhar Direto havia antecipado, em primeira mão.

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Silval desejava entrar na disputa, principalmente em caso de candidatura do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) para o governo de Mato Grosso, mas o desejo de concluir diversas obras fizeram-no decidir pela continuidade. Se fosse desincompatibilizar, teria de fazê-lo até 4 de abril, data-limite para os detentores de cargos no Poder Executivo que desejam participar do pleito de outubro.

A sua permanência, em tese, enfraquece a pré-candidatura do vice-governador Chico Daltro (PSD) na sucessão estadual. Se Sival saísse, Daltro disputaria a reeleição, sem necessitar deixar o cargo.

A demora para conclusão das obras da Copa do Pantanal Fifa 2014 em Cuiabá e Várzea Grande, além do MT Integrado e do Programa de Pontes, entre outros, obrigaram o governador a refletir melhor sobre a saída. Das obras da Copa que eram para estar prontas, por exemplo, menos de 30% foram entregues.

Além disso, os problemas com a qualidade duvidosa das obras se avolumam. Silval também cedeu aos apelos da família, em especial da primeira-dama Roseli Barbosa, que o acompanha há mais de 30 anos.

Barbosa vai trabalhar para que dê certo a coligação dos aliados pré reeleição da presidenta Dilma, com PMDB, PT, PR, PSD, PP, PCdoB, PROS, PRB e PSC. E, na campanha, tende a atuar como cabo eleitoral.