Vídeos divulgados pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) mostram como os empresários que participavam do esquema de direcionamento de processos licitatórios para reformas em escolas da rede estadual agiam. A operação para combater o esquema levou para cadeia empresários e engengeiros da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso e foi desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por meio do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã de hoje, 3.
As imagens foram registradas em outubro de 2015, pelo colaborador do Ministério Público Estadual (MPE) José Carlos Pena da Silva, proprietário da empresa BRB Construtora LTDA. A reunião foi realizada em uma residência na avenida Antártica, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá.
Em outubro de 2015 José Carlos Pena da Silva, segundo trecho de decisão judicial, foi convidado pela pessoa de Luiz Fernando da Costa Rondon sócio administrador da empresa Luma Construtora LTDA, a participar de uma reunião com empresários do segmento da construção civil, cuja pauta seria contratos relacionados à Secretaria de Educação (Seduc-MT).
A reunião contou com a participação de vários empresários do setor da construção civil e foi conduzida por Luiz Fernando da Costa Rondon, administrador da empresa Luma Construtora e ainda por Leonardo Guimarães Rodrigues, representante da empresa JER Construtora.
Durante o encontro, eles levaram aos empresários informações privilegiadas de dentro da Secretaria de Estado de Educação assim como colhiam demandas daqueles para apresentar a estes. Entre os assuntos debatidos estavam "que solução tornar em relação aos empresários que não estavam presentes na reunião e que, por conseguinte, não.participariam.do sorteio das licitações; assim como qual seria o critério de distribuição das licitaçõeis e tire os presentes, se por lote ou por valor da obra".
“Outra coisa que eu acho é o seguinte: vai ser distribuído por lote ou valor da obra?”, questiona um empresário
Na sequência, diz: “Sobre essa taxa aí.. Eu acho que nós temos de deixar muito claro, viu... que cada um tem que fazer a sua parte. A Secretaria tem que tá vendo e proporcionar que essas medições saírem rápidas. Não termos dificuldade com fiscal, que não tem carro. Quando fiscal não tem diária, hora que vai para o financeiro fica empacado igual tatu no buraco. Precisamos saber como vai funcionar Luiz porque só nós assumirmos a responsabilidade. Temos que saber o que vamos cobrar”...
Ainda completa: “precisamos ter a segurança do pessoal, que tá na frente, do ponto de vista político, eu não sei quem que e é, mas tem que tirar a pessoa que não participou do sorteio...Porque se o sujeito lá de Aripuanã entrar em uma obra que o Joel ganhou ,... ele vai falar não. Eu não quero saber de sorteio nenhum”.
A ação - A operação Rêmora foi deflagrada nesta manhã e levou à prisão o empresário Giovani Belatto Guizardi, além de três agentes públicos (servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), engenheiro Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Moisés Dias da Silva.
Segundo o MPE, o esquema abarcou 23 obras ao custo total de R$ 56 milhões. Nesse cenário, pelo menos doze obras foram concluídas e para participar do esquema cada participante das licitações pagou propina de 5% a 3%.
Veja Imagens:
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