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Terça-feira, 28 de maio de 2024

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Gaeco mira 'chefe de esquema', lavagem de dinheiro e avalia contratos de outras pastas

Foto: Olhar Direto

Gaeco mira 'chefe de esquema', lavagem de dinheiro e avalia contratos de outras pastas
Além de investigar a quem se destinava o dinheiro de propinas pelo leilão de obras públicas junto à Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, o promotor Marco Aurélio de Castro, coordenador do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), afirmou na data de hoje, 12,  que tem como alvo contratos de outras pastas em Mato Grosso. No último dia 3, o MPE desnudou o esquema durante a operação “Rêmora”.

 
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“Chegamos ao núcleo de execução encabeçada por servidores e empresários, mas a corrupção ela não me parece tão localizada como a gente  achava que era. Nós já temos a informação que esse empresário, o Giovani {Guizardi},  tem contratos em outras pastas e isso merece uma análise tanto pelo MP e, acredito, também pelo Governo por seu poder de autotutela. Nós vamos fechar essa primeira fase e iniciar um segundo momento, que é a lavagem de dinheiro”. Ele ainda complementou: “Nós não podemos esconder da população que novidades já surgiram e no momento oportuno vamos dizer à sociedade quais são e repercussão jurídica disso”.
 
Para ele, o fato do homem apontado como operador do esquema não possuir contratos com a Seduc suscita uma série de questionamentos. “O empresário {Giovani}  tem contrato com a Sinfra e se operava em contratos  que não tinha gestão. Me surge uma dívida se os contratos com a Sinfra não precisam ser avaliados sob a ótica da corrupção”.
 
O esquema de corrupção desnudado até o momento envolve três agentes públicos: Fábio Frigeri, Moisés Dias da Silva, além de Wander Luiz.  O empresário Giovani, segundo o MPE, era o responsável por gerenciar o esquema e receber as propinas. “Temos provas cabais”, disse Marco Aurélio. As reuniões onde as licitações eram ‘leiloadas’ foram gravadas. Existem suspeitas de que pelo menos 23, avaliadas em R$ 56 milhões, foram alvos do grupo.  O esquema veio à tona depois da denúncia de um empresário de que para poder concorrer aos certames teria de desembolsar 3% em propina.
 
Ex-gestor

 
O promotor não economizou nas críticas ao ex-secretário titular da pasta, Permínio Pinto. Horas após a deflagração da operação Rêmora, ele entregou o cargo ao governador Pedro Taques (PSDB). “O  depoimento do secretário nos coloca em um trincheira. Ele  diz que recebeu a informação {sobre a corrupção}, mas não de forma detalhada  da {Adriana} Vandoni  - que atua no  Gabinete de Combate a Corrupção. Eu imagino... Um homem médio, sentado numa cadeira de secretário, e uma pessoa de fora vem até ele e diz: olha tá tendo corrupção aqui. Eu, como homem médio, iria quererá saber quem é? Como? Quando? Para eu poder diante do meu poder tomar as providências, mas ele não teria enveredado por essas informações de como quando e onde operavam”.
 
Na manhã de ontem, Permínio prestou depoimento e ratificou estar à disposição da Justiça. Ele declarou que assim que soube de irregularidades (envolvendo o nome do então superintendente de obras, Wander Luiz) determinou que o mesmo fosse afastado de suas funções.
 
Conforme a decisão da juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, que decretou a prisão dos suspeitos “não há indícios contra o secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Permínio Filho”.

Na decisão, a juíza ressalva que “quanto às alusões feitas ao secretário da pasta, entendo que, até este momento, não há suficientes indícios de que o mesmo esteja realmente envolvido nos fatos criminosos noticiados. A mera referência à pessoa do secretário, ainda que por mais de uma vez, não me faz supor que ele esteja ciente ou mesmo envolvido com o ocorrido, motivo pelo qual entendo que este juízo é o competente para processar e julgar o presente caso, reservando-me a adotar entendimento contrário, caso surjam indícios que apontem para o detentor da prerrogativa de foro”, diz trecho da decisão judicial que determinou prisões preventivas e mandados de busca e apreensão.

Em nota após a operação, o Governo do Estado, ressaltou que o próprio Executivo Estadual encaminhou à Delegacia Fazendária denúncia sobre irregularidades na Seduc, por meio do  Gabinete Transparência e Combate à Corrupção (GTCC). O Gabinete recebeu uma denúncia de um empresário em janeiro de 2016, encaminhada posteriormente à Delegacia Fazendária. A Operação Rêmora apura os mesmos fatos encaminhados à Defaz pelo Governo de Mato Grosso. 
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