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Quinta-feira, 13 de junho de 2024

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R$ 20 MILHÕES

Mendes reclama de repasses atrasados e promete manter hospitais abertos mesmo sem recursos

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Mauro Mendes promete manter unidades abertas

Mauro Mendes promete manter unidades abertas

O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), reclamou dos atrasos nos repasses da saúde devidos pelo governo estadual. Nesta sexta-feira (7), durante lançamento dos testes da vacina contra a dengue em Cuiabá, com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Mendes afirmou que tem dificuldades para manter os hospitais funcionando sem os repasses, o que é agravado pela paralisação de unidades no interior do estado. Segundo ele, o atraso é de cerca de R$ 20 milhões para custeio.


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“É impossível fechar unidade de saúde. Com boas condições ou com condições inadequadas, nós vamos continuar operando”, garantiu Mauro Mendes à imprensa. “Cuiabá está repassando 32% da receita corrente líquida para a saúde. Temos feito um esforço muito grande para não deixar a peteca cair. Tradicionalmente, o interior já manda muita gente para cá, agora imagina com muitos hospitais fechando. Já teve dias que tivemos 142 pessoas no corredor do Pronto Socorro. Nós já ultrapassamos o limite”, disse.

Mendes disse, ainda, confiar que o governador arranjará uma solução para a crise. “Acreditamos na equipe do governador Pedro Taques e tenho certeza que ele está construindo uma solução para isso. Espero que ele construa, porque neste momento temos situação muito delicada em todo Mato Grosso com relação à saúde”, afirmou.

Na quinta-feira (6), quatro hospitais regionais anunciaram que vão paralisar em Mato Grosso, para cobrar o recebimento de salários, atrasados desde abril deste ano em alguns casos. Os médicos ameaçam entrar em greve e só retornar após a quitação dos débitos pelo Estado. Se paralisados os serviços, as unidades de saúde, localizadas em Alta Floresta (779 km de Cuaibá), Rondonópolis (215 km de Cuiabá), Colíder (634 km de Cuiabá) e Sorriso (395 km de Cuiabá), só realizarão atendimentos de urgência e emergência.

Na quarta-feira (5), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) oficiou o governador Pedro Taques e o secretário estadual de Saúde João Batista requerendo informações, no prazo de 10 dias, sobre providências que estão sendo tomadas em relação a ausência de repasse de recursos financeiros para o município de Cuiabá no valor de R$ 15,8 milhões. Também foram requeridas informações sobre as providências tomadas para minimizar a superlotação do Pronto Socorro da Capital, em decorrência da paralisação do atendimento em unidades de saúde do interior. Com a paralisação, o PSMC tem recebido cerca de quatro mil pacientes/mês de outras cidades.

Para garantir a normalidade do atendimento no estado, a Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz) anunciou na sexta-feira que repassou R$ 8 milhões para a Saúde, dos quais R$ 4 milhões são para Cuiabá. “Estamos realizando uma verdadeira força-tarefa e contamos com a união de todos nesse momento. Repassando esse valor para Cuiabá conseguiremos dar fôlego ao município. Com o restante desse valor, vamos pagar as despesas dos Hospitais Regionais, com folhas de pagamento e serviços médicos”, disse o secretário estadual de Saúde, João Batista Pereira. 
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