Mesmo com a idade avança, histórico de diabetes e hepatite C, o ex-governador e ex-senador Júlio José de Campos (DEM) vai fazer transplante de fígado nos próximos 15 dias, em Fortaleza (CE), com 80% de possibilidade de êxito. A informação partiu do ex-senador Jaime Campos (DEM), seu irmão, ao explicar que a decisão de levá-lo para a Capital brasileira que mais faz transplantes partiu dos médicos.
“Ele é o terceiro na fila [de espera para o transplante de fígado]. Se Deus quiser, de 10 até 15 dias, consegue a cirurgia, porque o caso do Júlio tem urgência, até por sua própria idade, na medida que em possui hepatite C e diabetes. E, com 70 anos, passou daí, de repente, a fragilidade não permite mais o transplante”, avaliou Jaime.
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“Estamos com muita fé e muita esperança. Rezamos para dar tudo certo. Ele saiu daqui numa boa, mas com saúde fragilizada. Foi para o Ceará, porque é onde mais se fazem transplantes de fígado, seguido do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo”, disse o ex-senador.
Por causa da baixa produção do fígado, houve inchamento abdominal, por causa da concentração de água e afetou a coluna. “Isso lhe provocou dores nas costas. A situação dele é grave! E imagina fazer uma cirurgia com esta dor nas costas. Mas ele sempre foi forte, com muita fé em Deus. Faz tempo que está na fila [de espera do transplante], no Brasil inteiro e até em Maimi [Estados Unidos]; mas é lógico preferência em Miami é para quem é norte-americano”, sintetizou Jaime.
Duas das três filhas de Júlio Campos o acompanham, em Fortaleza. O seu filho Júlio Neto é quem assumiu o comando dos negócios da família, principalmente nas áreas imobiliária, agronegócio e comunicação – o Grupo Futurista de Comunicação conta com a TV Brasil Oeste e as rádios Antena FM (Jovem Pan) e Industrial AM (1070), além de outros veículos, no interior.
Depois da cirurgia, segundo Jaime, durante a convalescença, Júlio terá de ficar um período, no Ceará. “Ele operar e não irá voltar para casa. será obrigado a ficar ‘de molho’ uns 90 até 120 dias. Mas está bem acompanhado, porque tem o irmão que é médico [João Francisco de Campos] e sobrinhos médicos. Vamos torcer e Deus dará muita ajuda”, complementou Jaime, que ingressou na vida pública, na disputa vitoriosa pela Prefeitura de Várzea Grande, em novembro de 1982, justamente apadrinhado pelo irmão mais velho.
Júlio Campos deixou a vida pública em 2014, quando encerrou o seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, sem tentar a reeleição.
