A advogada Maria Abadia, que foi juíza substituta do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), acaba de deixar o prédio da Polícia Federal e informou que a investigação se trata de venda de sentenças na justiça eleitoral.
Abadia teve o nome citado em interceptações telefônicas. Ela foi chamada na pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre os processos referentes às cidades de Barão de Melgaço e Alto Paraguai, em que atuou como relatora.
A advogada foi ouvida e negou qualquer envolvimento com o esquema. “Estou muito tranquila e considero a operação válida porque se existe denuncia tem que ser apurada”, afirmou em entrevista coletiva.
Maria Abadia disse que seu nome surgiu em uma conversa por telefone de terceiros, relacionado ao processo de Alto Paraguai. Ela contou que o ex-prefeito Alcenor Alves teria citado o nome da juíza durante uma ligação. O político é um dos presos na Operação Asafe.
A PF deflagrou a Operação Asafe na manhã desta terça-feira (18) em Cuiabá e cumpre nove mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em escritórios de advogados e casas de magistrados. A operação ocorre em conjunto com o Ministério Público Federal e a própria OAB.
Os mandados foram expedidos pela ministra Nancy Andrighi do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que preside o inquérito judicial. As investigações foram iniciadas em 2007.