A Colômbia pediu nesta terça-feira colaboração do governo brasileiro para o controle da fronteira entre os países e que o Brasil não permita que seu território seja "abrigo" para os guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

O pedido foi feito após divulgação no domingo de um relatório secreto da Polícia Federal, que afirma que o grupo rebelde tem "bases" permanentes no país.

"Nós, como sempre, pedimos aos governos da fronteira que expulsem esses delinquentes de seus territórios", disse o ministro colombiano do Interior e Justiça, Fabio Valencia.

O assessor da Presidência do Brasil para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse não ter informações a respeito de supostas bases permanentes das Farc no país, mas afirmou que, caso isso seja confirmado, os guerrilheiros certamente 'serão expulsos, detidos'.

Segundo ele, as Forças Armadas brasileiras 'estão muito qualificadas para eliminar esse tipo de ameaça'.

O documento, elaborado pelo serviço de inteligência da polícia brasileira, alerta que as Farc estão estabelecidas na selva, onde vendem drogas e de enviam para a Colômbia dinheiro, equipamentos, combustível e produtos químicos para o refino da cocaína.

A pesquisa levou à prisão há alguns dias do colombiano José Samuel Sánchez, acusado de pertencer às Farc. A Colômbia deve pedir a extradição de Sánchez.