O Google entregou sua visão sobre o futuro da web em sua conferência anual I/O, nesta quarta-feira, para cerca de 5 mil desenvolvedores de software.
A apresentação foi mergulhada em minúcias da linguagem de rede e nas normas técnicas que vão conduzir a próxima onda de inovação na internet.
A visão do Google para o futuro é diferente das estabelecidas por seus rivais Apple e Microsoft, e foca para aplicações multimídia que funcionam dentro do seu navegador - sem aplicativos distintos que as pessoas baixam para desktops ou celulares.
"A web é a plataforma mais importante da nossa geração", disse Vic Gundotra, vice-presidente de engenharia do Google, que apresentou a sessão na primeira manhã da conferência de dois dias. "Por ser uma plataforma controlada por nenhum de nós, é a única plataforma verdadeiramente controlada por todos nós. É nosso dever avançar nessa plataforma".
O Google vai falar mais sobre sua visão para telefones celulares e televisão na manhã desta quinta-feira. A palestra desta quarta-feira apresentou as inovações que irão chegar ao navegador. A ferramenta Google Wave, que antes exigia um convite para ser agregada, foi disponibilizada para o público.
A empresa apresentou uma série de aplicações web utilizando o padrão HTML5. Charles Pritchard, executivo-chefe do site de fotos MugTug, demonstrou o que parecia ser uma ferramenta de edição de fotos cheia de recursos que opera dentro do navegador, sem a necessidade de download de software. Jim Lanzone, presidente-executivo da Clicker, introduziu o site para assistir vídeos, Clicker.tv em HTML5.
A loja online da empresa, a Chrome Web Store, foi apresentada. Para ilustrar o tipo de aplicativos que aparecerão na loja, Terry McDonell, editor executivo da Sports Illustrated, mostrou os aplicativos de rede da revista.
"Deveria ser fácil criar e vender aplicativos premium na web", disse Sundar Pichai, vice-presidente de gerenciamento de produto do Google. "Acontece que é muito mais fácil encontrar um jogo de xadrez no celular do que na internet".
A empresa também prometeu apoio ao WebM, um formato de vídeo com código-fonte aberto e royalty-free. Também ficou o compromisso de atualizar os padrões do YouTube. Executivos do Mozilla e Opera afirmaram apoiar o formato de vídeo em seus navegadores. O WebM irá competir com um padrão H.264 usado atualmente em todos os navegadores da Microsoft e da Apple.
