Um relatório divulgado pelo governo sul-coreano a partir da análise de especialistas de diversos países aponta a Coreia do Norte como a responsável pelo naufrágio de um navio da Marinha da Coreia do Sul em março, causando a morte de 46 pessoas. De acordo com as investigações, foram encontrados pedaços do torpedo que atingiu o navio, que seriam compatíveis com os artefatos fabricados pela Coreia do Norte.
O governo norte-coreano nega as acusações e afirma que o relatório foi manipulado. Após a divulgação das informações, o presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, prometeu tomar "medidas enérgicas" contra o país vizinho. A Coreia do Norte, por sua vez, advertiu para o risco de guerra caso sofra sanções internacionais e informou que enviará especialistas à Coreia do Sul para examinar as provas.
Estados Unidos, China, Japão e Grã-Bretanha se pronunciaram quanto à questão. A Casa Branca afirma que os norte-coreanos cometeram um ato de agressão, colocando em risco a paz mundial e a segurança internacional com a violação do Acordo de Armistício.
Já os chineses enfatizaram a necessidade de um diálogo entre os dois países para resolver o que chamou de "infeliz incidente", enquanto os japoneses consideraram o episódio "lamentável". A Grã-Bretanha também demonstrou apoio à Coreia do Sul.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou que os acontecimentos causam profunda preocupação, e que o caso deve ser tratado com muito discernimento.