“Não sou contra as investigações. Sou contra é a ação de se retirar essas máquinas das prefeituras e levá-las para Cuiabá, já que elas irão fazer falta aos municípios”. A declaração é do deputado Eliene Lima (PP), que classificou como ‘desnecessária’ a decisão do juiz da 1ª Vara Federal em Cuiabá, Julier Sebastião da Silva, de determinar que os 705 maquinários adquiridos pelo governo do Estado, com suspeita de superfaturamento, sejam levados à capital para que seja realizada perícia técnica nos equipamentos.
Segundo informou ontem o Olhar Direto, o custo para transpostrar os maquinários ficará em R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões. "Este valor se refere apenas para trazer o maquinário contando diárias, motoristas e combustíveis, sem contar o custo de volta e o prejuízo que isso irá gerar as prefeituras,", declarou o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado, Diógenes Curado.
Para o parlamentar progressista, o governo estadual tem realizado levantamentos através da Delegacia Fazendária para identificar se houve troca de peças conforme apontam denúncias. “Trazer essas mais de 700 máquinas para a Capital só causará transtornos. Hoje elas estão em ação asfaltando estradas, abrindo ruas, e caso elas tenham de vir a Cuiabá, quem será prejudicada será a população”, comenta Lima.
Na decisão proferida pelo juiz da 1ª Vara Federal, o governo tem 15 dias para fazer a apresentação dos maquinários. Cinco dias já se passaram e caso esse prazo não seja cumprido poderão ser expedidos mandados de busca e apreensão.
A ação popular movida por um empresário de Jaciara foi acatada por Julier Sebastião e pede, além da apreensão das máquinas para vistoria, o seqüestro de bens e a perda dos direitos políticos por oito anos de todos os envolvidos no caso: o ex-governador Blairo Maggi, os ex-secretários Geraldo de Vitto (Administração) e Vilceu Marcheti (Infraestrutura), e também do atual secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes (ex-secretário de Fazenda). As informações são da assessoria de imprensa do deputado Eliene Lima.
