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Sábado, 27 de abril de 2024

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OPERAÇÃO JURUPARI

Silval garante que irá exonerar adjuntos e chefe de gabinete

O governador Silval Barbosa (PMDB) garantiu que vai exonerar os servidores públicos envolvidos na Operação Jurupari que ocupem cargos comissionados para cumprir com a determinação de afastamento por tempo indeterminado, feita no dia 21 de maio, dia no qual a operação foi deflagrada pela Polícia Federal.


Esta medida só poderia ser aplicada aos servidores de carreira e, até o Diário Oficial do dia 28, o chefe do gabinete do peemedebista, Silvio Cesar Araújo; o adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, Alex Sandro Marega; e o ex-adjunto de Mudanças Climáticas e atual adjunto de Desenvolvimento Rural, Afrânio Migliari, não haviam sido exonerados. Sendo assim, eles estão afastados das funções, mas continuam recebendo os salários.

“Não há afastamento para eles, é exoneração, demissão”, ratificou o governador durante o evento Municípios Mato-grossenses em Foco, realizado na noite de segunda-feira (31), ao ser questionado pelo Olhar Direto sobre como o afastamento afetaria esses servidores.

Silval havia comunicado a decisão de afastar os envolvidos em uma nota pública através da Secretaria de Estado e Comunicação (Secom), sem detalhar as minúcias do procedimento.

Entretanto, já se passam 10 dias após o comunicado e o governador mostrou desconhecer o fato das exonerações ainda não terem sido publicadas no Diário Oficial. “Já deve ter sido publicada (a exoneração). Não? Então calma, calma.”

Ataque a Mato Grosso

Em seu discurso solene na abertura do evento, Silval Barbosa aproveitou para criticar a Operação Jurupari, acusando-a de tentar jogar no lixo os esforços ambientais realizados por Mato Grosso desde 2005, após o estado assumir a gestão ambiental, a qual é responsabilidade do governo federal. Na ocasião, o estado tentava corrigir os vícios do sistema desbaratado pela até então maior operação da Polícia Federal realizada em MT, a Curupira.

“Olha o quanto evoluímos desde 2005, quando assumimos a questão ambiental. E há poucos dias tentaram jogar tudo no lixo. Não vamos deixar isso acontecer, vamos revidar”, prometeu Silva.

Operação Jurupari

A Operação Jurupari investiga crimes como extração, transporte e comércio ilegal de produtos da amazônia mato-grossense, além de fraudes nas elaborações dos planos de manejos e na concessão de licenciamento.
 
Foram expedidos pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em diversos municípios de Mato Grosso e no estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo.

Dentre as principais irregularidades constatadas estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como terras indígenas.

As investigações começaram há dois anos e a PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos do governo do Estado e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O valor mínimo dos danos ambientais causados pelos investigados, nestes últimos anos, é de aproximadamente R$ 1 bilhão.
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