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Sábado, 04 de maio de 2024

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Em festival, 'O profeta' é uma espécie de 'Poderoso chefão' à francesa

Filmes de prisão não são novidade. É fácil citar sem esforço (“Fuga de Alcatraz”, “Leonera”, “Carandiru”) produções que mostram como é o sistema carcerário do ponto-de-vista de quem está atrás das grades. Mas “O profeta”, do roteirista e diretor Jacques Audiard, usa esse argumento apenas como ponto de partida. A intenção é mostrar como a prisão, em vez de recuperar, pode - como bem sabemos nós, brasileiros - dar as condições perfeitas para a formação de um criminoso muito mais... qualificado.


Chefe da máfia corsa e El Djebena, em 'O profeta' (Foto: Divulgação)No longa, acompanhamos o jovem Malik El Djebena (interpretado por Tahar Rahim) na sua adaptação ao mundo hostil e selvagem da cadeia. Lá, por causa da sua fluência em árabe, ele é obrigado pelos mafiosos da Córsega a realizar um serviço para eles.

Após isso, ele vira uma espécie de refém, à mercê da vontade dos corsos, mas, em vez de se sentir uma vítima, ele começa a aprender com os mafiosos a ser um deles. Dessa forma, o filme tem mais parentesco com a segunda parte de “O poderoso chefão”, em que mostra como o pequeno Antonio Vito Andolini se torna o temível Vito Corleone.

“O profeta” passa pela questão penitenciária para mostrar – como fez, por exemplo, “O ódio”, de Mathieu Kassovitz e, de certa forma, “Entre os muros da escola”, de Laurent Cantet - como o país de Nicolas Sarkozy hoje não pertence apenas ao galês típico, mas que a periferia francesa está cada vez mais no centro das atenções

Festival francês no Brasil
O longa de Audiard faz parte do Festival de Cinema Francês, que traça um panorama da cinematografia atual francesa. A partir de sexta-feira (4) e até a quinta-feira (10), cinéfilos de nove capitais (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo) terão a oportunidade de conferir produções para todos os gostos, públicos e tipos, mas com algo em comum: são produzidos na França. Veja aqui a programação completa.

Há cinebiografias de ícones franceses e mundiais (“Coco Chanel & Igor Stravinsky”), produções infantis (“O pequeno Nicolau”), de diretores famosos (“O refúgio”, no caso, François Ozon, que já fez “Oito mulheres” entre outros), comédias rasgadamente populares (“Faça-me feliz!”), filmes ecologicamente corretos (“Oceanos”), abordagens de questão religiosa (“Hadewijch”), um retrato da crise atual (“8 Vezes de pé”) e o problema da educação, na França (“Dia da saia”).

O festival ainda vai trazer gente do cinema, para apresentar os seus filmes, como Anna Mouglalis, que faz a estilista Chanel, no filme de Jan Kounen. Ou Adel Bencherif, que foi indicado ao César da Revelação Masculina por seu papel em “O profeta”. No longa, ele é Ryad, amigo de El Djebena que o ajuda fora da prisão na sua escalada de poder.

'Oceanos' vai passar de graça em Copacabana
(Foto: Divulgação)Filmes de graça e erotismo no Rio
E, para quem é do Rio, há ainda possibilidades de assistir a longas de graça, em lugares que fogem da tradicional sala de cinema: “O pequeno Nicolai” passa às 17h30 de sexta-feira (4) no Morro do Vidigal e “Oceanos”, no sábado, às 19h30, no Forte de Copacabana.

Além disso, no sábado à noite (para falar a verdade, já é domingo, à 0h30), no Unibanco Arteplex, em Botafogo, Zona Sul do Rio, quem quiser um programa mais quente pode assistir aos três curtas reunidos na sessão erótica: “Sábado a noite”, “As meninas” (este da “Chanel” Anna Mouglalis) e “O bonito sexo”.
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