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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Um breve test-drive na VW Amarok

Em fevereiro deste ano o Carsale foi até a Argentina para conhecer a Amarok, a primeira investida da Volkswagen no segmento de picapes médias.

Em fevereiro deste ano o Carsale foi até a Argentina para conhecer a Amarok, a primeira investida da Volkswagen no segmento de picapes médias. Lá, pudemos conferir o desempenho do utilitário nas belas paisagens argentinas. Na época, a VW não divulgou preços ou o pacote de equipamentos do modelo. No entanto, com o lançamento da Amarok no Brasil, no mês passado, o mistério se desfez. A única versão disponibilizada para o mercado nacional, por enquanto, é a Highline com preço de R$ 119.490. Esta configuração é a topo de linha da Amarok e vem com cabine dupla, tração 4x4 com caixa reduzida, trio elétrico, bancos com regulagem elétrica e forração de couro, ar-condicionado digital. Há ainda sistema de som com CD e MP3 player e Bluetooth, freios com ABS e sistemas de assistência de subida e descida de rampas.


Recentemente, o Carsale teve uma nova oportunidade de avaliar a picape média alemã. Foi durante o Quatro Rodas Experience, evento que está sendo realizado no Autódromo Municipal José Carlos Pace, em Interlagos, zona sul de São Paulo. Tudo bem que uma pista de corrida não é o melhor lugar para acelerar uma picape de duas toneladas. Mas foi a chance de ver a Amarok em uma situação extrema de condução. Em seguida, colocamos a picape em seu habitat natural: a lama. Na pista off-road, montada dentro do traçado de Interlagos, conseguimos por a prova mais uma vez as habilidades deste Volkswagen em transpor obstáculos fora de estrada.

No asfalto
Após uma palestra sobre a segurança dentro do autódromo, partimos com a Amarok para o traçado de 4.309 metros de Interlagos. A pista contava com boa sinalização que orientava sobre os melhores pontos de frenagem, redução de marcha, tangência e saída de curva. A boa surpresa ficou por conta da força da Amarok. Apesar de o motor diesel ter apenas 2.0 litros, a sobrealimentação biturbo gera um torque de 40,8 kgfm a 1.750 rpm. A picape com apenas dois ocupantes e sem carga não passa vergonha no asfalto. As retomadas de aceleração são valentes e a potência de 163 cavalos a 4.000 giros colocava a Amarok a 120 km/h sem dramas. O ruído dentro da cabine é baixo. Algo só possível em modelos a diesel com bom isolamento acústico.

O sistema de freios está na medida certa. Em nenhum momento cravamos o pé no pedal, pois não era esse o propósito do teste. O que deu para perceber é que os freios estão em equilíbrio e mantém a Amarok sob controle. Nas curvas não há muito remédio. Afinal, não se espera um comportamento de sedã em um veículo com 1,83 metros de altura e 2 toneladas de peso. Porém, a picape não pregou sustos. Isso mostra que em uma estrada sinuosa a Amarok vai bem, sem exigir habilidades sobre-humanas de seu motorista. As reduções de marcha também merecem destaque e o câmbio manual de seis marchas tem encaixes curtos e precisos. Isso a diferencia das outras picapes do mercado, equipadas normalmente com longas alavancas com encaixes pouco intuitivos.

Na lama
Acelerar a Amarok no asfalto sagrado de Interlagos foi divertido. Mas fora dele, a picape teria de desafiar seus inimigos naturais: lama, pedras, buracos, valetas, morros, pontes, etc. O circuito montado pela organização do Quatro Rodas Experience concentrava vários destes desafios. O teste começou com a tração 4x4 reduzida selecionada. Nesta configuração é possível rodar em estrada de terra batida a 30 km/h e com a sexta marcha engatada. A picapona roda macio e não há vibrações vindas do cofre do motor. Com a terceira marcha engatada passamos por buracos em baixa velocidade e sem preocupações. A pista contava com ondulações e troncos enterrados, obstáculos que não incomodaram a Amarok.

Em seguida vieram dois desafios mais verticais. O primeiro era de transpor uma gangorra gigante. É preciso alinhar bem a picape, subir devagar, esperar a gangorra descer e sair do obstáculo. Nesse momento, quem faz o serviço é o controle de subida da Amarok. Com a primeira marcha engatada, basta soltar o freio e levemente liberar o pedal de embreagem. A picape vai escalar a rampa sozinha em baixa velocidade e com o máximo de tração. É algo que vai contra os instintos do motorista, pois o reflexo nos diz para controlar a embreagem. Porém, não é necessário.

Em seguida, partimos para um aclive de terra batida com baixa aderência. O procedimento de subida é o mesmo do da gangorra. Mesmo com pneus para o asfalto, a picape sobe sem reclamar. Porém, tudo que sobe tem de descer. E para chegar ao pé da íngreme rampa quem ajuda é o sistema de descida. Para isso, é preciso colocar o câmbio em neutro e soltar o freio. Isso mesmo, o motorista não faz nada. A picape aciona os freios e usa a tração 4x4 para controlar a manobra com segurança.

A Amarok se mostrou um produto com qualidades. Sua concorrente direta é a Toyota Hilux SRV 3.0 diesel, com preço equivalente. Agora é preciso ver se os consumidores vão optar pela picape da Volkswagen, que só é oferecida com câmbio manual. A Hilux nesse preço vem com câmbio automático, que responde pela maior fatia das vendas.
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