O governador Silval Barbosa (PMDB), que desponta como líder nas pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias para a disputa ao Palácio Paiaguás, participa neste sábado (12), em Brasília, da convenção nacional do PMDB. O evento consolidará o nome do deputado Michel Temer (PMDB) como vice da chapa encabeçada pela ex-ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à presidência da República pelo PT.
 
O encontro, no entanto, não contará com a participação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do prefeito da capital carioca, Eduardo Paes, que, em forma de protesto à aprovação da emenda do senador Pedro Simon (PMDB/RS) que distribui royalties do Pré-Sal, resolveram não comparecer. Eles alegam que com a aprovação da emenda, os estados considerados "produtores" perderão recursos do petróleo.

Segundo Cabral, no ano passado, o Rio de Janeiro e os seus 87 municípios, recebeu R$ 7,5 bilhões de royalties e de participação especial. Para este ano, a previsão é que o valor seja ainda maior. Com a emenda aprovada pelo Senado, contudo, esse dinheiro deixará de entrar. “Estão levando R$ 7,5 bilhões dos cofres do Rio”, afirmou. "“O Senado deveria estar discutindo a reforma tributária, e não essa ação falsamente justa”.

Paes disparou uma crítica ácida contra o senador Pedro Simon, que apelou para o julgamento dos senadores nas urnas em outubro para defender em discurso a aprovação da emenda. "As madrugadas não são os melhores momentos para as pessoas que prezam pela ética agirem", disse o prefeito.

Outro ponto polêmico da convenção de amanhã inclui o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, que também registrou a pré-candidatura à Presidência. Caso a Executiva Nacional do PMDB não aceite levar a candidatura à convenção, ele ameaça contestar na Justiça a reunião do partido.