Uma empresa vinculada a um executivo japonês pagou a fatura do hotel do presidente da CBI (Comissão Baleeira Internacional, organização para regular a pesca e o comércio das baleias no mundo), afirmou neste domingo (20) o Sunday Times, revelando novas acusações de corrupção, nas vésperas de uma reunião crucial da instituição.
A CBI reúne-se a partir de segunda-feira (21) em Agadir para estudar uma flexibilização - defendida pelo Japão - da moratória sobre a caça às baleias, em vigor desde 1986. O Sunday Times já tinha afirmado há uma semana dispor de provas que demonstram que representantes africanos e caribenhos tinham aceitado votar a favor da caça às baleias depois de ter recebido promessas de ajuda do Japão, além de dinheiro e prostitutas.
Questionado por um jornalista da publicação, o presidente interino da CBI não negou que a empresa tivesse pagado sua fatura, mas disse que nãoa empresa não era vinculada ao governo japonês.
Com a condição de limitar a caça aos três países - Noruega, Islândia e Japão - que a praticam atualmente com pretexto "científico", a CBI lhes ofereceria nos 10 próximos anos cotas que legalizariam sua atividade, especialmente no oceano austral, declarado "santuário" desde 1994. Assim, todas as formas de caça passariam por seu controle.